With great ecosystem services comes great responsibility: carbon sequestration and climate modelling in Brazilian urban forests
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00003 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15972 |
Resumo: | As florestas urbanas são ecossistemas únicos, frequentemente caracterizados por condições adversas e que enfrentam inúmeras pressões e ameaças. Elas contribuem para o bem-estar e a sustentabilidade das cidades, fornecendo uma ampla gama de serviços ecossistêmicos. Aqui, analisamos diferentes aspectos das florestas urbanas e seus serviços ecossistêmicos. No primeiro capítulo, observamos várias tendências na produção científica sobre os temas de serviços ecossistêmicos e florestas urbanas entre 1996 e 2022. No capítulo dois, analisamos os serviços ecossistêmicos prestados pelas áreas urbanas de 25 cidades da Floresta Atlântica no Brasil por meio do software i-Tree Canopy. Finalmente, no capítulo três, examinamos como as mudanças climáticas podem afetar as florestas urbanas brasileiras. Nossos resultados mostram que, entre 1996 e 2022, um total de 813 documentos foram publicados em 208 periódicos diferentes, com 20,62% de crescimento anual. Nossos resultados mostram que a produção científica na área tem crescido notavelmente ao longo dos anos. A produção científica apresentou uma tendência de crescimento consistente a partir de 2011. Isso sugere que a importância das florestas urbanas e dos serviços ecossistêmicos ganhou maior reconhecimento e atenção nos últimos anos. Nossos dados revelam que, juntas, as cidades estudadas sequestram um total significativo de 235,3 quilotoneladas de carbono e substanciais 864,82 quilotoneladas de CO2 Equivalente (CO2 Equiv.) anualmente. Além disso, juntas, elas também armazenam, por meio de sua vegetação, um total de 4.861,19 quilotoneladas de carbono e 17.824,32 quilotoneladas de CO2 Equiv. Descobrimos que a estimativa monetária média do sequestro anual de carbono foi de US$ 3,57 milhões, enquanto a estimativa média armazenada foi de US$ 73,76 milhões. O correlograma de Pearson mostrou uma forte correlação positiva entre a densidade de moradores e a porcentagem de áreas impermeáveis em áreas urbanas (p < 0,001). Nossas descobertas mostram que as mudanças climáticas, mesmo em cenários mais otimistas, podem afetar severamente a adequabilidade ambiental das florestas urbanas em todos os domínios fitogeográficos, ou seja, o clima não será mais adequado para os tipos de florestas urbanas que estão agora presentes nas áreas estudadas. Isso é esperado especialmente na Floresta Atlântica e no Cerrado, dois hotspots de biodiversidade. Esses dois domínios fitogeográticos mais afetados abrigam a maior parte da população humana brasileira, uma das quais tende a sofrer impactos substanciais. Alertamos também que as florestas urbanas brasileiras podem ser drasticamente afetadas, tendo sua composição extremamente modificada e sua biodiversidade pode diminuir e até mesmo sofrer homogeneização. Portanto, são necessárias ações urgentes de mitigação e adaptação para o enfrentamento das mudanças climáticas e a manutenção dos serviços ecossistêmicos. |