Imagem corporal e obesidade em universitários de Juiz de Fora-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rio, Giselle Teixeira Mauler do lattes
Orientador(a): Ferreira, Maria Elisa Caputo lattes
Banca de defesa: Mármora, Cláudia Helena lattes, Fortes, Marcos de Sá Rego lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação Física
Departamento: Faculdade de Educação Física
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2579
Resumo: Atualmente, vive-se uma epidemia da obesidade. Como o estereótipo de beleza caracteriza-se pelo corpo magro, ser obeso pode gerar uma imagem corporal negativa de si mesmo. O presente estudo tem como objetivo avaliar a imagem corporal e obesidade em estudantes de uma Instituição de Ensino Superior particular, em Juiz de Fora - MG. Este estudo se caracteriza como quantitativo e transversal. Para tanto, esta pesquisa foi dividida em duas etapas: na primeira, foi realizada uma triagem inicial nos alunos da Instituição, a fim de determinar quais destes apresentavam obesidade; na segunda etapa, foram aplicados os seguintes instrumentos nos indivíduos obesos: Escala de figuras de silhuetas, BSQ, BCQ, MBCQ, BDI e IPAQ, validados para a população adulta. Estes instrumentos avaliaram a imagem corporal atual e ideal, a insatisfação corporal, os comportamentos de checagem corporal em mulheres e homens, depressão e nível de atividade física, respectivamente. Também foram coletados dados sociodemográficos e antropométricos. Da primeira etapa deste estudo participaram 2376 alunos. Da segunda etapa, participaram 199 alunos classificados como obesos, a partir do IMC autorreferido coletado na primeira etapa. Verificaram-se elevados coeficientes de consistência interna dos questionários utilizados. De maneira geral, os resultados da primeira etapa deste estudo apontaram baixo percentual de alunos com obesidade. Já os resultados da segunda etapa apontaram confiabilidade nos dados autorreferidos de altura, embora exista uma tendência a subestimar a massa corporal em ambos os sexos. A caracterização da amostra mostrou elevado índice de obesidade entre as mulheres, consumo de álcool e refrigerantes. Além disso, foi notado alto percentual de obesos na família, realização de tratamentos para emagrecer, percepção do estado de saúde ruim, presença de dor e sedentarismo. Esses resultados mostraram hábitos pouco saudáveis nos indivíduos obesos. Foi verificada diferença estatisticamente significativa dos valores médios de imagem corporal, entre a percepção de imagem corporal atual e a ideal. Esses resultados mostraram existir insatisfação corporal em ambos os sexos. Tanto obesos satisfeitos como insatisfeitos apresentaram a mesma percepção da imagem corporal. O tamanho da diferença observada entre a imagem corporal atual e ideal foi de elevada magnitude. Observou-se forte correlação da insatisfação corporal com a depressão. Os obesos insatisfeitos com a imagem corporal apresentam elevado grau de depressão (p<0,001). Os resultados da presente pesquisa mostraram que os obesos insatisfeitos com a imagem corporal apresentam maior número de dores, maior tempo em atividades sentado, são os que menos realizam atividades físicas e apresentam maiores valores de checagem corporal. Já os resultados do instrumento IPAQ, correlacionaram-se negativamente com a insatisfação corporal. Quanto mais ativo o indivíduo, menos insatisfeito ele estará com a sua imagem corporal. Assim, os resultados do presente estudo evidenciam para a necessidade de orientação dos universitários obesos para um estilo de vida saudável e a oferta de programas de atividades físicas que visem à redução do excesso de peso e depressão. Sugere-se novas pesquisas que vinculem a imagem corporal, inatividade física e depressão à obesidade, no público em geral.