Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Carmo, Ana Maria do
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Orientador(a): |
Ferreira, Ana Paula
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Banca de defesa: |
Costa, Sylvio Celso Gonçalves da
,
Coimbra, Elaine Soares
,
Souza, Celeste Silva Freitas de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2989
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Resumo: |
Sabe-se que existem inúmeros trabalhos envolvendo a modulação da resposta imune ao Mycobacterium. No entanto, o número de indivíduos apresentando tuberculose é cada vez maior. A resposta imune ao Mycobacterium é desencadeada principalmente por linfócitos Th1, com a produção de IFN-γ. As parasitoses intestinais também representam um importante problema médico-sanitário, tendo em vista o grande número de pessoas acometidas e as inúmeras alterações orgânicas que podem provocar no hospedeiro. Essas infecções helmínticas induzem preferencialmente uma resposta Th2 com a produção de IL-4, IL-5 e IL-13. Este trabalho avaliou a regulação da resposta imune no pulmão de camundongos co-infectados ou não por S. venezuelensis (SV) e/ou Mycobacterium bovis-BCG (MB), em dois pontos das duas infecções, denominados como ponto 1 (4° e 7° dia pós-imunização [dpi]) e ponto 2 (7° e 10° dpi) por MB e SV, respectivamente. Os animais foram infectados com 700 larvas de SV pela via subcutânea e, após 3 dias, com 1x106 UFC de MB cepa selvagem pela via intravenosa. Realizou-se a quantificação do número de ovos e vermes, a dosagem de citocinas (IFN-γ, IL-4 e IL-10) e quimiocinas (CCL2 e CCL5), o envolvimento de MPO e EPO, a detecção da infecção pelo MB por PCR, a avaliação histopatológica e a expressão de moléculas coestimulat órias/imunomodulatórias (CD80, CD86, CD28, CTLA-4 e CD25) em células ou tecidos do pulmão dos animais infectados e/ou co-infectados. Os resultados mostraram que a presença do MB favoreceu para o aumento do número de ovos e vermes do SV observados nos animais nos dias 4° e 7° (ponto 1) e 7° e 10° (ponto 2) após a infecção por MB e SV, respectivamente, nos animais co-infectados (COIN). A reação de PCR foi efetiva em detectar a presença do MB no pulmão dos animais. Foi observado um aumento de IFN-γ e uma diminuição de IL-4 e EPO no pulmão dos animais do grupo COIN, além de aumento na expressão da molécula co-estimulatória CD80 no ponto 1 e uma diminuição no ponto 2. Houve uma alta produção de IL-10 no pulmão dos animais dos grupos MB e COIN, sendo que a histopatologia neste sítio mostrou formação de granulomas com grande influxo de neutrófilos, macrófagos e células epitelóides na periferia nos pulmões dos animais do grupo MB e um granuloma bem mais avançado, com centro necrótico nos animais do grupo COIN. Baseado nesses resultados, conclui-se que o MB modula a infecção pelo SV, fazendo com que os animais fiquem mais suscetíveis à infecção helmíntica. Por outro lado, o SV modula a infecção pelo MB, fazendo com haja uma modificação na formação de granuloma no pulmão dos animais do grupo COIN no ponto 1 da infecção pelo MB, que poderia ser justificada pela diminuição de IL-4 nos animais do grupo COIN. |