Emissões de gases de efeito estufa em piscicultura em tanques suspensos com sistema de recirculação aquícola (RAS)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Melo Júnior, Anderson Machado de lattes
Orientador(a): Barros, Nathan Oliveira lattes
Banca de defesa: Alves, Roberto da Gama lattes, Silva, Marcelo Gomes da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17783
Resumo: A aquicultura tem suma importância no atendimento da crescente demanda mundial por proteína. No entanto, a expansão da atividade resulta em aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE). Assim, a adoção do sistema de recirculação aquícola (RAS) é vista como estratégia para a expansão sustentável da aquicultura. Estima-se que a utilização do RAS aumentará nos próximos anos, buscando menor uso de água, menor uso de terras e melhor controle de produção, além de efeitos pouco quantificados sobre as emissões de GEE. Dessa forma, há uma necessidade crescente de compreender os fluxos de GEE emitidos pelo RAS. Neste trabalho, foi demonstrado que as principais emissões em uma piscicultura de tilápias-doNilo em RAS, com tanques suspensos, originam-se do sistema de tratamento de água (biofiltro) e que a emissão total de CO2eq é menor do que outras fontes de proteína animal. Observou-se que o fluxo de CH4 aumentou no biofiltro com o avanço do ciclo de produção, enquanto o fluxo de CO2 diminuiu devido à densidade de Lemna minor e Pistia stratiotes L. Além disso, foi observado que a emissão ebulitiva foi significativamente maior que a emissão difusiva e que houveram diferenças significativas entre as medições com aeradores ligados e desligados nos tanques suspensos. Foram emitidas 2,97 toneladas de CO2eq de forma direta pela piscicultura em RAS e 2,03 kg CO2eq/kg de proteína ou 0,32 kg CO2eq/kg de peso vivo. Os achados revelam que o biofiltro é responsável por cerca de 98% das emissões e que as emissões totais são resultantes, principalmente, das emissões indiretas (produção de alevinos, consumo de ração e energia). Destaca-se a necessidade de buscar melhorias adicionais no RAS, também para outras espécies aquícolas, visando reduzir as emissões nos sistemas de tratamento de água, resultando na mitigação das emissões da aquicultura.