Livro do Desassossego de Fernando Pessoa. O drama em gente no drama editorial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Gonçalves, Charles Dias lattes
Orientador(a): Pereira, Maria Luiza Scher lattes
Banca de defesa: Oliveira, Marcos Vinícius Ferreira de lattes, Jorge, Sílvio Renato lattes, Pereira, Gabriel da Cunha lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/526
Resumo: Neste trabalho de dissertação, tenciona-se analisar aspectos da obra de Fernando Pessoa na prosa-poética do Livro do Desassossego, de Bernardo Soares. A partir da reflexão sobre o conceito de “livro”, pode-se pensar na teoria da “obra aberta” e nas noções de abertura e infinitude do texto literário. Esse percurso possibilita uma incisiva indagação à própria obra, e ao “livro por vir”, cuja essência está no inconcluso, em fragmentos de um livro nunca concluso ou fechado. Através da análise de algumas de suas edições, tentar-se-á pensar o Livro também através do conceito de work in progress e obra rizomática. A primeira parte deste trabalho tem por objetivo refletir sobre o aporte teórico para confecção da dissertação, através de pensadores, filósofos e críticos como Walter Benjamin (1984), José Guilherme Merquior (1991), Malcolm Bradbury e Frederick r. Karl (1989); Stéphane Mallarmé (1991) e Umberto Eco (1968), Homi Bhabha (2005), Gilles Deleuze e Félix Guattari (2004), Émile Durkheim (1987) e Eduardo Lourenço (1986). A segunda parte é dedicada à metodologia do trabalho, a fim de justificar a escolha do corpus analítico utilizado: edições do Livro do Desassossego realizadas por Leyla Perrone-Moisés (1986), Richard Zenith (2011) e Jerónimo Pizarro (2013). A terceira e a quarta partes são compostas pelo trabalho analítico. Pela análise das edições cotejadas e por meio de uma leitura mais profunda pretende-se a articulação da análise com o aporte teórico e a metodologia. A parte conclusiva do trabalho pretende retomar possíveis achados da análise e sustentar a provocação crítica já iniciada por nomes da literatura, como Eduardo Lourenço e Leyla Perrone-Moisés, segundo os quais o Livro do Desassossego pode ser lido como o símbolo material da certeza de não-fechamento de todos os textos e o possível suicídio da mitologia heteronímica de Fernando Pessoa.