Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Souza, Marcelo Henrique Marques de
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Orientador(a): |
Silveira Junior, Potiguara Mendes da
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Banca de defesa: |
Medeiros, Nelma
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Neves, Teresa |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Comunicação
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação Social
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6471
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Resumo: |
Nelson Rodrigues criou, na década de 1950, a expressão “complexo de vira-lata” para designar o comportamento autodepreciativo do brasileiro. Esse comportamento, que já havia sido descrito por vários pensadores e viajantes do século XIX como uma característica bastante disseminada no Brasil, continua mais vivo do que nunca, o que ficou bem claro durante a copa do mundo de 2014, quando o tema voltou a ocupar o noticiário e os comentários gerais, diante dos problemas com os estádios e, evidentemente, depois do fracasso diante da Alemanha, nas semifinais. O complexo de vira-lata se tornou, assim, a denúncia de uma série de sintomas brasileiros. Entretanto, mais que isso, hoje a própria repetição da expressão se tornou, ela também, um dos nossos maiores sintomas. Importante frisar isso porque um dos principais objetivos desta pesquisa é tentar mostrar que a metáfora do vira-lata, a despeito de seu uso corrente no sentido de alimentar a percepção do brasileiro como aquele que joga o tempo todo contra si mesmo – o que guarda sua parcela de verdade –, carrega também a potência de apontar para o outro lado da mesma moeda, ou seja, para algumas peculiaridades do comportamento brasileiro, que são fundamentais para pensar o mundo de hoje. Para observar esse outro lado, apoiaremos a pesquisa no escopo teórico da transformática – que é a psicanálise entendida como uma grande teoria da comunicação –, especialmente em conceitos como revirão, teoria das formações, a tópica ‘Primário, Secundário e Originário’ e a teoria dos impérios de MD Magno. O propósito é mostrar que o vira-lata pode ser uma metáfora das mais ricas para demonstrar certas particularidades significativas da sintomática que estamos vivendo hoje, a passagem do terceiro para o quarto império, e o que os brasileiros têm a ver com isso. |