Estabilização lombo-pélvica dinâmica para tratamento da incontinência urinária de esforço em mulheres: ensaio clínico controlado e randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Freire, Nathalia de Souza Abreu lattes
Orientador(a): Figueiredo, André Avarese de lattes
Banca de defesa: Oliveira, André Gustavo Fernandes de lattes, Caetano, Vanusa Caiafa lattes, Silva, José Ailton Fernandes lattes, Ramos, Plínio dos Santos lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4815
Resumo: INTRODUÇÃO. A incontinência urinária frequentemente causa prejuízo na qualidade de vida das mulheres. O tratamento fisioterapêutico para incontinência de esforço fundamentado no treinamento da musculatura do assoalho pélvico tende à redução da eficácia ao longo do tempo. A estabilização lombo-pélvica associada ou não ao treinamento do assoalho pélvico tem apresentado resultados favoráveis mesmo após a interrupção do tratamento. OBJETIVO. Comparar os resultados dos exercícios de estabilização lombo-pélvica dinâmica e exercícios para os músculos do assoalho pélvico em mulheres com incontinência urinária de esforço. PACIENTESEMÉTODO. Ensaio clínico controlado, randomizado, paralelo e cego com delineamento longitudinal envolvendo mulheres com queixa de perdas urinárias aos esforços. O desfecho primário foi a gravidade da incontinência. Qualidade de vida, bexiga hiperativa, força do assoalho pélvico e percepção de melhora, os desfechos secundários. Os grupos experimental (protocolo de exercícios de estabilização lombo-pélvica dinâmica e protocolo de exercícios para o assoalho pélvico) e controle (protocolo de exercícios para o assoalho pélvico) foram avaliados antes e após o tratamento e 90 dias após a intervenção. Para os dados descritivos, utilizaram-se medidas de tendência central, média ± desvio-padrão e mediana. Para testar diferenças entre os grupos utilizou-se o teste Qui-Quadrado para variáveis qualitativas e o t de Student para variáveis quantitativas. Os efeitos do protocolo experimental foram verificados por meio da ANOVA fatorial 2x3 (grupo vs. medida) de medidas repetidas. Os efeitos principais e/ou interações significativas foram analisados através de comparações múltiplas. O tamanho do efeito foi calculado pelo eta ao quadrado (η2) e pelo d de Cohen (d). Tabelas cruzadas em cada momento da avaliação analisaram a força dos músculos do assoalho pélvico. Para testar diferenças na percepção de melhora intragrupos utilizou-se o teste de Wilcoxon e o teste de Mann Whitney para diferenças intergrupos. Adotou-se significância de 5% (p ≤ 0,05). RESULTADOS. Para as variáveis sóciodemográficas e clínicas não foram observadas diferenças significativas entre os grupos (p>0,05), exceto para climatério, mais prevalente no grupo experimental (82% vs. 44%; p=0,02). Os grupos se comportaram de modo similar nos desfechos gravidade das perdas, frequência de perdas diurna e noturna, qualidade de vida, bexiga hiperativa, força dos músculos do assoalho pélvico e percepção de melhora, apresentando incremento no comparativo das avaliações inicial e final e manutenção dos resultados favoráveis 90 dias após o tratamento somente no grupo experimental. A diferença observada entre os grupos 90 dias após o tratamento foi de 9 moderada magnitude (d = 0,64) para a gravidade das perdas e elevada magnitude para frequência de perdas diurna (d = 2,67) e noturna (d = 2,50). CONCLUSÕES. Na avaliação pós tratamento os exercícios de estabilização lombopélvica associados aos exercícios para o assoalho pélvico tiveram efeito similar aos exercícios para o assoalho pélvico nos desfechos gravidade das perdas e qualidade de vida. Contudo, os exercícios de estabilização associados aos exercícios para o assoalho pélvico foram superiores nestes desfechos na avaliação de 90 dias.