Práticas de cuidado, tecnologia e religiosidade: uma etnografia em centro de terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Miguel, Cynthia Cavalieri lattes
Orientador(a): Tavares, Fátima Regina Gomes lattes
Banca de defesa: Bonet, Octavio Andres Ramon lattes, Menezes, Rachel Aisengart lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3394
Resumo: A questão norteadora desta proposta de trabalho é: “Se e de que maneiras religiosidade e tecnologia se articulam às compreensões e práticas de cuidado, no CTI – Centro de Terapia Intensiva - do Hospital Regional Dr. João Penido / FHEMIG?”. O objetivo é o de apresentar algumas reflexões acerca das controvérsias presentes nas práticas de cuidado em saúde, no contexto do CTI de um hospital da rede estadual de saúde, situado em Juiz de Fora/ MG. Tais controvérsias se manifestam nas perspectivas de pacientes e profissionais da saúde; na dialética entre demanda e oferta de cuidado, práticas de cuidado convencionais e religiosas, dentre outras. A experiência da enfermidade provoca uma desorganização no universo dos sujeitos que adoecem e no processo de reordenação e elaboração da doença, esses sujeitos recorrem às suas crenças e valores. Uma das grandes fontes de significação é de natureza religiosa. Apostam no conhecimento médico, nos avanços da ciência e também em outros elementos, os mais diversos. Não é possível colocar os cuidadores, ou seja, os profissionais que prestam assistência, em outro lugar, em um lugar oposto, em uma posição oposta àquela em que se encontram os pacientes: o de não afetação. Testemunham a dor, atuam sobre ela. Pensam e repensam suas práticas, suas vidas, a partir dos seus múltiplos referenciais de sentido: crenças, conhecimento, emoções, identificações, etc. Nesse contexto nada está cristalizado. Tudo é dinâmico, relacional. O “cuidado” aqui não é tomado como um ponto de partida, mas um conceito a ser perseguido pelo trabalho de campo.