Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Daniela Pereira
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Orientador(a): |
Guerra, Martha de Oliveira
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Banca de defesa: |
Andreazzi, Ana Eliza
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Santana, Priscilla Helena D’Almeida de Souza
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8620
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Resumo: |
O período pós-parto é um período de grande sensibilidade para mãe e neonato. O organismo materno passa a ter novos estímulos hormonais para o controle de funções como o cuidado materno e a lactação. Já o recém-nascido passa a experimentar um novo ambiente. Passará do pós-parto ao final da lactação, por um período crítico do desenvolvimento, quando estará extremamente sensível a mudanças ambientais, hormonais e nutricionais. Com as mudanças fisiológicas, somadas às pressões sociais, algumas mães passam a apresentar desordens como ansiedade e insônia. Para que essas desordens não afetem a saúde materna e suas relações com os neonatos recomenda-se o uso de fármacos para o tratamento das mesmas. Os fármacos geralmente utilizados para esse tipo de tratamento, como os benzodiazepínicos, têm trazido efeitos adversos, o que torna importante investigar a segurança do uso de tratamentos alternativos naquele período. Um tratamento popularmente utilizado para casos de ansiedade e insônia é a Valeriana, fitoterápico produzido a partir da Valeriana officinalis que tem apresentado bons resultados em tratar essas desordens, porém ainda não estudada e testada quanto ao período pós-parto. Um dos mecanismos de ação da Valeriana é semelhante ao dos Benzodiazepínicos, cujos efeitos negativos sobre o feto já foram demonstrados. Assim, nosso objetivo foi avaliar os efeitos do uso da Valeriana no período pós-natal em ratas e sua prole. Para isso, 75 ratas Wistar foram dividas em cinco grupos: Controle (1ml de água destilada), Veículo (1 ml de água destilada a 20% glicerina) e três diferentes grupos tratados (500 mg/kg/dia, 1000 mg/kg/dia, 2000 mg/kg/dia de valeriana). O tratamento foi efetuado durante todo o período de lactação plena. As mães foram avaliadas quanto a toxicidade clínica (piloereção, diarréia, cromodacriorréia, perda ou ganho de peso, consumo de ração e água) e comportamento materno (postura de amamentação, organização e manutenção do ninho, recolher e lamber os filhotes). A prole foi avaliada quanto ao desenvolvimento pós-natal e comportamento de ansiedade e memória de longo-prazo na fase adulta. Nossos resultados não indicaram toxicidade materna ou alterações no comportamento, visto que as mães tratadas com Valeriana apresentaram os mesmos padrões de cuidado que o grupo controle e veículo. O desenvolvimento pós-natal da prole não apresentou diferença significativa entre os grupos experimentais. Também não foram observadas alterações no comportamento de ansiedade e memória na prole quando adulta. Em conclusão, em nosso modelo experimental a Valeriana, administrada no período de lactação plena, não interferiu com o desenvolvimento e comportamento das crias, não alterou o comportamento materno e não causou toxicidade materna |