Níveis de excitação muscular de Infra-espinhoso, Trapézios Superior e Inferior em retração escapular sob diferentes níveis de carga em adução em indivíduos com e sem ombro doloroso
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Acadêmico em Ciências Aplicadas à Saúde
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Departamento: |
ICV - Instituto de Ciências da Vida
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00237 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13531 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: As dores musculoesqueléticas, em especial a dor ombro, ocupam grande porcentagem dos atendimentos médico-hospitalares e sendo o ombro o complexo articular com a maior amplitude de movimento, isso o torna o mais instável. Seu conjunto estrutural promove sua estabilidade e os seus movimentos, mas alterações musculares podem desalinhar a escápula, alterando o seu ritmo, comprimindo o espaço subacromial, dificultando a elevação do braço, proporcionando dor ao indivíduo. Teoricamente um aumento da atividade muscular do trapézio superior associado a diminuição da atividade de suas outras porções e alterações nos movimentos escapulares estão relacionados à Síndrome do Impacto Subacromial. Não há na literatura exercício combinando a ativação dos músculos Trapézio Inferior e do Infraespinal sem aumentar a excitação do Trapézio Superior, sendo assim, um exercício que ative os músculos hipoativados, sem estimular os já hiperativados, é a proposta ideal. OBJETIVOS: Avaliar os níveis de excitação dos músculos Infraespinho, Trapézio Superior e Trapézio Inferior em exercício de retração escapular com cargas progressivas de adução controladas via feedabck, avaliar qual o melhor nível de carga adutora geraria melhor relação entre o Trapézio Superior e Trapézio Inferior e verificar as diferenças eletromiográficas em indivíduos com e sem dor no ombro. MÉTODOS: 42 indivíduos, divididos em dois grupos, com e sem dor no ombro realizaram exercícios de retração escapular controladas por biofeedback. Os participantes realizaram um estudo de familiarização de 5 segundos seguidos de 3 minutos de descanso verificando o entendimento do procedimento. Em seguida, foram realizadas coletas de três contrações isométricas voluntárias máximas de 5 segundos de cada músculo com 5 minutos de descanso. Por fim, realizaram contrações resistidas a 60° por 10 segundos a 20%, 30%, 40 e 50% da Contração Isométrica Voluntária Máxima, com intervalos de 10 segundos entre as tarefas, enquanto realizava-se retração escapular máxima do ombro avaliado. Pela média e desvio padrão foram apresentados os dados e a classificação das diferenças entre os grupos se deu pelo ANOVA de medidas repetidas. Com o teste de post hoc de Holm os dados foram retrabalhados comparando diferenças entre os ensaios, evitando comparações múltiplas em pares, com significância de p <0,05. RESULTADOS: Não foram observadas diferenças entre os grupos, mas os resultados mostraram que nos dois grupos os objetivos foram atingidos com os exercícios. Houve efeito no tempo para todos os músculos na análise de grupo (Trapézio Superior: F = 4,19; p = 0,008/Trapézio Inferior: F = 32,7; p = 0,001/Infra Espinhoso: F = 19,09; p = 0,001). Houve diferenças entre pares com valores mais altos a 50% comparados com 20% da Contração Isométrica Voluntária Máxima. Diferenças no Trapézio Inferior foram observadas comparando 20% vs. 40%, 20% vs. 50%, 30% vs. 40%, 30% vs. 50% e 40% vs. 50% e valores mais altos de 40% e 50% de Contração Isométrica Voluntária Máxima. Houve efeito no tempo na Razão Trapézio Superior-Trapézio Inferior (TS:TI) em 20% vs. 50% e 30% vs. 50% (F = 5,83; p= 0,001) e em 50%, a relação TS:TI foi menor que 20% e 30%. CONCLUSÃO: O movimento de retração escapular apresentou-se significativamente benéfico, conseguindo ativação dos músculos Trapézio Inferior e Infraespinhoso em hiperestimulação do Trapézio Superior, gerando diferenças significativas entre os músculos. |