A palavra encarnada: o desenvolvimento da linguagem na obra de René Spitz
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Psicologia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00129 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14064 |
Resumo: | O estudo da aquisição da linguagem é de grande importância tanto no campo da psicologia do desenvolvimento, quanto no da psicanálise, dado que a ferramenta principal de sua terapêutica é a fala. Esta dissertação tem o objetivo de apresentar, explicar e explicitar o trabalho de René Spitz. O autor foi um psiquiatra e psicanalista austro-húngaro, que dedicou grande parte de sua obra para o estudo da aquisição da linguagem em crianças pequenas e como esta surge como consequência dos processos de maturação e desenvolvimento físico e psíquico. Em sua teoria da formação do ego, o sujeito passa por sucessivas fases do desenvolvimento, consequência do surgimento de organizadores psíquicos, centros que regem a integração das diversas faculdades presentes no organismo num determinado momento. Assim, para que se desenvolva a linguagem verbal, é preciso antes passar por três fases do desenvolvimento, cujo estabelecimento pode ser identificado através de indicadores: o primeiro é a resposta sorriso, movimento involuntário do bebê por volta dos 3 meses de idade quando se depara com a visão frontal de uma face em movimento, sinal de que já é possível se distinguir entre o vivo e o inanimado; em seguida, por volta dos 8 meses de idade, o infante expressa ansiedade quando colocado frente a pessoas desconhecidas, sinal de que já distingue entre eu e outro, e entre conhecidos e estranhos. Por fim, dos 15 aos 18 meses de idade, a criança se mostra capaz de entender e utilizar o “não” corretamente. Essa ação indica a aquisição da linguagem e, a partir do domínio do “não”, primeiro conceito abstrato apreendido pela criança, outros símbolos verbais começam a surgir. O trabalho de Spitz é de grande valor para a teoria psicanalítica e se distingue tanto pelas interfaces com outras áreas do conhecimento, como a etologia, a psicologia experimental e do desenvolvimento, a embriologia e a antropologia, quanto por relacionar a aquisição da linguagem ao desenvolvimento físico, psíquico e emocional do bebê, ressaltando a importância de uma relação boa e estável com a mãe ou o cuidador primário. |