Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Fioritto, Aline Priori
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Orientador(a): |
Leite, Isabel Cristina Gonçalves
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Banca de defesa: |
Silva, Silvia Lanziotti Azevedo da
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Guerra, Maximiliano Ribeiro
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10272
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Resumo: |
Quedas representam uma complexa síndrome geriátrica, frequente na população idosa, passível de prevenção e associada à morbimortalidade o que a torna um grande problema de saúde pública. O objetivo desta pesquisa foi identificar a prevalência do risco de queda e analisar os fatores associados. Foram ainda objeto de análise a correlação entre mobilidade funcional e as variáveis capacidade funcional para realização das atividades instrumentais de vida diária (CF-AIVD), medo de cair, número de quedas e força de preensão palmar (FPP), e a identificação da FPP como discriminadora do risco de queda nesta população. Estudo transversal proveniente da segunda onda do Inquérito de Saúde da População Idosa de Juiz de Fora realizado entre outubro de 2014 e março de 2015. Foram incluídos 339 idosos (60 anos ou mais), ambos os sexos, não institucionalizados, residentes na Zona Norte de Juiz de Fora. Foram analisadas características demográficas e socioeconômicas, perfil de saúde, risco de queda (Timed Up and Go -TUG), histórico de quedas, medo de cair (Falls Efficacy Scale – Internacional – Brasil – FES-I-Brasil), CF-AIVD (Escala de Lawton e Brody) e FPP (dinamômetro JAMAR). Os dados foram processados em banco de dados no software Statistical Package for Social Sciences, módulo de análise complexa, versão 15.0. Foram empregados diferentes métodos de análise estatística para o alcance dos objetivos. Nível de significância foi de 5% e intervalo de confiança de 95% (IC 95%). Para a análise dos fatores associados ao risco de queda, foi construído um modelo teórico de determinação com 2 blocos hierarquizados, ajustados por regressão multinomial. A prevalência de baixo, moderado e alto risco de queda foi de 36%, 43,7% e 20,3%, respectivamente. Após ajuste para o modelo final permaneceram associadas ao moderado risco de queda o sexo feminino (p = 0,002) e idade entre 71-80 anos (p = 0,019) e mais de 80 anos (p < 0,001) e, ao alto risco de queda a idade mais de 80 anos (p < 0,001), autopercepção de saúde geral negativa (p = 0,010), necessidade de ajuda para andar através de dispositivo auxiliar (p < 0,001) e auxílio humano (p = 0,041) e medo de cair (p = 0,004). A mobilidade funcional apresentou correlação moderada com FPP (r = - 0,383 e r = - 0,322) e com CF-AIVD (r = - 0,568 e r = - 0,583) em mulheres e homens, respectivamente, e com medo de cair (r = 0,511) no sexo feminino. Correlação fraca com medo de cair (r = 0,243) no sexo masculino e com número de quedas (r = 0,101 e r = 0,195) em ambos os sexos. A área sob a curva ROC mostrou a FPP como um bom discriminador para o risco de queda em idosos comunitários. O ponto de corte de 18,2 KgF apresentou a melhor sensibilidade (78,9%) e especificidade (50,0%) combinadas no sexo feminino e o ponto de corte de 27,0 KgF apresentou a melhor sensibilidade (81,3%) e especificidade (57,7%) combinadas no sexo masculino. A maior sensibilidade encontrada na análise sugere que a avaliação da FPP, assim como o TUG, pode ser utilizada como instrumento de rastreio, principalmente na atenção primária em saúde (APS). A identificação do perfil de idosos residentes na comunidade com moderado e alto risco de queda é de extrema importância para a saúde pública, uma vez que poderá auxiliar os gestores locais e, especialmente, os profissionais da APS no rastreamento da população sob risco, além de orientar ações preventivas e de promoção de saúde direcionadas às necessidades específicas individuais e coletivas com foco no envelhecimento ativo e saudável. |