Por uma Juiz de Fora moderna: educação e saúde no jornal O Pharol (1889 – 1911)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Vargas, Renata Correa lattes
Orientador(a): Cunha Junior , Carlos Fernando Ferreira da lattes
Banca de defesa: Alviano Júnior, Wilson lattes, Almeida, Neil Franco Pereira de lattes, Rocha Júnior, Coriolano Pereira da lattes, Moreno, Andrea lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11624
Resumo: Este trabalho analisa a presença e a difusão do discurso médico-higienista pela sociedade juizforana nos primeiros anos da República investigando o papel atribuído à educação escolar na construção de uma Juiz de Fora moderna. A tese defendida nesta pesquisa é a de que, no intervalo entre os anos finais do século XIX e iniciais do século XX, a educação formal assumiu papel importante no projeto de desenvolvimento de uma cidade moderna e que, neste processo, o discurso médico-higienista foi fundamental propondo um modelo escolar capaz de contribuir com tal projeto. Para captar a difusão desse discurso, é utilizado o jornal O Pharol como fonte principal de análise por ser considerado o mais importante periódico que a circular na cidade à época, embora outras fontes históricas sejam também utilizadas ao longo desta pesquisa. Os questionamentos que conduzem este trabalho são: 1) Nesse processo de modernização da cidade de Juiz de Fora, qual o papel atribuído à educação pelo discurso médico-higienista que circulava pela cidade no período de 1889 a 1911? 2) Qual o modelo de instituição escolar que estava sendo apresentado à sociedade juiz-forana no interior das propostas médico-higienistas entre os anos de 1889 a 1911? Como balizador desta pesquisa, é adotado o referencial teórico-metodológico da História Cultural, que se integra dentro dos debates da Nova História. O estudo conclui que o discurso médico-higienista difundido pela cidade de Juiz de Fora através do jornal O Pharol apostou na educação escolar como meio de transformação da sociedade com o intuito de tornar essa sociedade mais sadia e produtiva, adequando-se à perspectiva de progresso e de modernidade da época. Baseada nesta expectativa, houve a construção de modelos de educação que transmitissem os princípios de saúde e de produtividade. Para isso, foram difundidas regras acerca dos espaços escolares, dos tempos escolares, dos saberes escolares e da educação física escolar a fim de adequá-los a esses princípios e, assim, podê-los propagar a toda coletividade.