Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Pacheco, Leonardo Lessa
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Orientador(a): |
Reis, Ivoní de Freitas
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Banca de defesa: |
Marques, Deividi Marcio
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Martins, Lilian Al-Chueyr Pereira
,
Sant'Ana, Antonio Carlos
,
Lopes, José Guilherme da Silva
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Química
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Departamento: |
ICE – Instituto de Ciências Exatas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16802
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Resumo: |
No ano de 1962 o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina foi dividido entre três pesquisadores: James Watson, Francis Crick e Maurice Wilkins. Os dois pesquisadores iniciais determinaram o arranjo espacial da macromolécula de DNA, enquanto que Wilkins justificou, com base nos dados experimentais, a proposta de Watson e Crick. Para o desenvolvimento dos fatos, alguma química foi necessária e podemos ter como referência, a contribuição de Rosalind Franklin e de seu orientando de doutorado, Raymond Gosling, no processo. Os dois produziram por meio da difração de raios X do DNA cristalizado, imagens de alta resolução que possibilitaram a interpretação da estrutura da molécula por Watson, Crick e Wilkins. Para o desenvolvimento da técnica de difração dos raios X, que possibilitou a interpretação da localização dos átomos em um cristal, destacamos as contribuições de muitos cientistas como William Henry Bragg e William Lawrence Bragg, respectivamente pai e filho. Henry Bragg aprimorou a técnica e melhorou o equipamento dos raios X, enquanto que seu filho, reinterpretou os dados de difração dos raios X, o que levou a uma lei ainda hoje utilizada, para uma boa aproximação da real disposição dos átomos em uma rede cristalina. Portanto, é possível verificarmos a existência de uma dependência da técnica de determinação espacial dos átomos, à descoberta dos raios X, por Wilhelm Röntgen. Utilizando tubos desenvolvidos por William Crookes, e tendo como base teórica as produções Heinrich Hertz e Phillip Lenard, foi possível a Röntgen verificar o fenômeno de luminescência fora dos tubos de vidro, levando a predição deste novo tipo de radiação. Unindo a técnica desenvolvida de difração dos raios X, à intepretação do arranjo espacial dos átomos, temos o Engenheiro Químico Linus Carl Pauling. Desde pequeno ele se aproximou das ciências, da Química e se interessou em compreender os motivos dos átomos permanecerem unidos na formação das substâncias. Dentre todas as suas produções, destacamos sua pesquisa relacionada a natureza das ligações químicas, propriedade fundamental para a compreensão das configurações espaciais dos átomos, nos compostos químicos. Pauling por meio deste entendimento, desenvolveu um método próprio de previsão das estruturas espaciais, que levou à proposta de Watson e Crick da dupla hélice do DNA. Nossa análise em relação a trajetória de Pauling culmina em sua sugestão antecipada, de uma tripla hélice para o DNA e buscamos justificar a proposta desta estrutura, por meio de uma reflexão historiográfica deste acontecimento. Para tanto, analisamos fontes históricas primárias e secundárias, à luz de referenciais contemporâneos da historiografia da ciência. Por meio da análise textual discursiva, com o objetivo de produzir um estudo de caso histórico, foi possível fundamentar e justificar, frente as adiversidades que surgiram no processo, o engano de Pauling. Constatamos que apesar de ter publicado o DNA na forma de uma tripla hélice, sem ela, não seria possível a dupla hélice de Watson e Crick. |