Associações: experiência de participação na redemocratização - movimentos comunitários em Juiz de Fora – MG – 1974-1988

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silva, Luciana Verônica da lattes
Orientador(a): Delgado, Ignácio Godinho lattes
Banca de defesa: Maia, Andréa Casa Nova lattes, Viscardi, Cláudia Maria Ribeiro lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4976
Resumo: Este trabalho nasceu de uma série de questionamentos que versavam sobre a participação política dos brasileiros. Buscando entender seus mecanismos, foram estudadas as formas associativas em atividade na cidade de Juiz de Fora no período de 1974 a 1988 e seu papel na promoção de espaços participativos. Nesta empreitada, os caminhos percorridos propiciaram compreender que a movimentação encontrada era específica daquele momento, devendo ser compreendida em sua singularidade. O movimento associativo integrava uma rede horizontal, fruto, na maioria das vezes, do contexto de vizinhança e, embora fragmentada, constituiu uma experiência importante que marcou significativamente a atuação dos movimentos sociais e da sociedade como um todo. O advento das Sociedades PróMelhoramentos de Bairros na década de 1940 é um marco para a historia do movimento comunitário na cidade. Até a década de 1970, as sociedades seriam as principais pontes entre a população e a administração pública. Durante a redemocratização, o surgimento ou ressurgimento de outros atores tornaria mais complexo o jogo político, dando mais dinâmica às atividades associativas. É o caso do movimento Unibairros, que apresentou uma postura mais combativa e questionadora, atuando na conscientização política e apostando na união de forças para a promoção da participação. Durante todo o período estudado, o relacionamento entre prefeitura e movimentos constituiu-se como ponto de tensão, dividindo ao meio as forças políticas do município. No entanto, a mobilização social em torno de problemas coletivos fortaleceu laços comunitários e solidarísticos, promovendo a participação política de diversos sujeitos imersos no que se costumou chamar de massa, amplificando a voz das aspirações populares por melhores condições de vida.