A Bíblia do Inferno de William Blake: visão como força imaginativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Jackson Leocadio da lattes
Orientador(a): Nogueira, Nícea Helena de Almeida lattes
Banca de defesa: Ribeiro, Gilvan Procópio lattes, Martins, Anderson Bastos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4480
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo central a compreensão da estética particular da obra de William Blake (1757 – 1827), caracterizada por uma combinação de visualidade e discurso místico. Como Blake era um poeta-gravurista, o casamento entre texto e imagem é o aspecto mais notável das páginas que compunha através da sua técnica peculiar de impressão. As devidas análises serão feitas a partir de uma determinada seleção de obras compostas pelo poeta, levando-se em conta a sua filosofia particular, estabelecida em O casamento do céu e do inferno (1790), e a sua própria mitologia, cuja amostra é representada por uma tríade de poemas que podemos chamar de ―os livros de Urizen‖: O primeiro livro de Urizen (1794), O livro de Ahania (1795) e O livro de Los (1795). Serão analisadas não apenas passagens de seus poemas, mas também determinadas imagens destacadas desses poemas, tanto na categoria das ilustrações quanto na categoria das iluminuras. As discussões teóricas abordarão os seguintes tópicos: a noção de profecia como gênero literário, a relação entre o discurso blakiano e as heresias gnósticas, as particularidades da iconofilia blakiana, a tensão entre monismos e dualismos na obra de Blake, assim como a filiação do poeta à tradição dos pensadores místicos e sua relação com a própria tradição literária. O eixo conceitual em torno do qual se desenvolve esta dissertação está na chamada Bíblia do Inferno, ideia satírica que o poeta-gravurista concebeu como um símbolo estético de sua própria postura em relação aos moralismos religiosos.