Tipografia, imagem e expressão: uma tentativa de desprender a palavra escrita de seu significado verbal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Freitas, Marcio José de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/157376
Resumo: Este trabalho se propõe a investigar a imagem da tipografia e seu potencial expressivo no campo das artes e da poesia visual. Considerando tipografia como a reprodução em série da escrita, incluindo toda a atividade necessária para que essa reprodução aconteça, a pesquisa aborda seus dois aspectos constituintes, o verbal e o visual. Esses dois elementos são codependentes para que se dê a escrita: a parte verbal é a razão que justifica sua existência e a visual, o que permite ela estar no mundo. A reflexão aqui, no entanto, é feita predominantemente sobre as expressões não verbais da tipografia, o que se justifica pela relevância que a imagem tem para a sociedade atualmente. Portanto, o esforço foi de buscar um desmembramento possível entre esses dois valores indissociáveis da escrita. Assim, são apresentados de forma inédita os painéis Tipo-imagem-grafia. Inspirados nos estudos de Ana Hatherly e no Atlas Mnemosyne, de Aby Warburg, os painéis visam oferecer, por meio da descontextualização, a possibilidade de direcionar a atenção do observador prioritariamente à imagem da tipografia – mesmo que por um breve momento, antes que se inicie o processo de decodificação do texto, que os conhecedores do código alfabético fazem quase que automática e instantaneamente. Os painéis garantem ao observador participação na construção deste projeto, a partir do pressuposto de que ele não é uma obra encerrada em si, mas sim que cria a possibilidade de ler o que nunca foi escrito. Por meio do processo de imaginação dado pela montagem nos painéis, retorna-se ao princípio essencial de memória da palavra escrita.