Associações do ambiente alimentar no entorno alterações em parâmetros bioquímicos de adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pereira, Pollyana Ferreira lattes
Orientador(a): Mendes, Ana Paula Carlos Cândido lattes
Banca de defesa: Faria, Eliane Rodrigues de lattes, Neves, Felipe Silva lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17428
Resumo: Discussões sobre a influência da alimentação escolar na saúde dos estudantes que a recebem têm sido amplamente difundidas. A alimentação é um pilar fundamental para o desenvolvimento saudável dos adolescentes, influenciando não apenas sua saúde física, mas também seu desempenho acadêmico e bem-estar emocional. Nesse contexto, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) desempenha um papel crucial ao fornecer refeições nutritivas para milhões de estudantes da rede pública de ensino em todo o Brasil. No entanto, para que esse programa cumpra efetivamente sua missão, é essencial garantir não apenas sua existência, mas também a qualidade da alimentação oferecida. O presente estudo teve como objetivo realizar associações entre o ambiente alimentar escolar das escolas públicas da cidade de Juiz de Fora-MG, e os indicadores bioquímicos dos estudantes que a recebem. Achados mostraram que meninas tendem ser mais adeptas ao consumo da alimentação escolar. Nesse contexto, 42,82% dos participantes relataram ingestão da referida alimentação ao menos 3 vezes na semana. Em relação às análises bioquímicas, 45,70% dos participantes apresentaram ao menos uma alteração. Foi identificado que a faixa etária de 16 e 17 anos apresenta maiores índices de alterações bioquímicas. Considerando a relação entre sexo e os parâmetros bioquimicos avaliados, pode ser observado que ser menino é um fator de proteção para o desenvolvimento de alterações bioquimicas. Observando os índices avaliados, é possível perceber baixo risco no Índice Aterogênico Plasmático nas meninas (59,6%) e em indivíduos pretos ou pardos (65,1%). Por fim, dentre os indivíduos que apresentaram ao menos uma alteração bioquímica, 27,09% deles nunca consumiam alimentação escolar. Os achados ilustram a importância do desenvolvimento de políticas públicas que se atenham à alimentação escolar, e principalmente, sejam direcionadas e desenvolvidas para o público alvo estudado. Adolescentes com bons indicadores de saúde resultam em uma população adulta mais saudável, com menor risco para desenvolvimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis.