Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Dayana Maria de
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Orientador(a): |
Bastos Netto, José Murillo
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Banca de defesa: |
Molina, Carlos Augusto Fernandes
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Pinto, Patrícia Cristina Gomes
,
Toledo, Antônio Carlos Tonelli de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/387
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Resumo: |
Introdução: A enurese é definida como uma incontinência urinária intermitente durante o sono e é considerada uma doença quando ocorre em crianças com pelo menos cinco anos de idade. Diversos fatores têm sido associados à enurese primária. Estudos indicam que a prevalência de enurese declina com o aumento da idade, é mais comum entre meninos do que entre meninas e entre indivíduos de níveis socioeconômicos mais baixos. Além disso, outros estudos destacam a importância de fatores hereditários. Embora a relação entre enurese e amamentação ainda seja pouco documentada na literatura, especula-se uma possível associação uma vez que ambos estão fortemente associados com o desenvolvimento das crianças. Neste contexto, o principal objetivo deste estudo foi avaliar se existe uma associação entre enurese primária e a duração do aleitamento materno exclusivo e a duração do aleitamento materno. Métodos: trata-se de um estudo observacional, caso-controle, envolvendo 200 crianças de 6 a 14 anos de idade, que foram incluídas em um dos dois grupos, grupo enurese (GE), composto por 100 crianças com enurese primária e grupo controle (GC), composto por 100 crianças sem enurese. Os critérios de pareamento foram sexo, idade e nível socioeconômico. Os adultos responsáveis por cada criança responderam a um questionário estruturado para identificar e fornecer informações sobre os fatores biológicos, sociais e comportamentais que foram avaliados, bem como a duração do aleitamento materno. Não foram incluídas as crianças cujos pais não compreendessem o questionário, crianças com doença neurológica, psiquiátrica ou renal, e com enurese secundária. Resultados: Cada grupo foi constituído por 37 participantes do sexo feminino e 63 participantes do sexo masculino (p = 1,0). A idade média foi semelhante em ambos os grupos, 8,81 ± 2,42 (p = 1,0), bem como o nível socioeconômico (p = 0,82). Na análise bivariada, houve uma forte associação entre os sintomas de enurese a uma história familiar positiva de enurese e duração do aleitamento materno exclusivo (p <0,001), também foi associado à duração do aleitamento materno total (p = 0,044), número de filhos (p = 0,045) e escolaridade dos pais (p = 0,045). Após regressão logística, a enurese primária manteve-se associada à duração do aleitamento materno exclusivo e à história familiar positiva de enurese. O razão de chances foi calculado e revelou que o aleitamento materno exclusivo por período menor do que quatro meses aumentou 3,35 vezes a chance de a criança tem enurese quando comparadas àquelas amamentados por um período igual ou superior a este (IC 95%: 1,99-9,50). Conclusão: Este estudo confirmou a associação entre enurese primária e história familiar positiva de enurese. Um novo fator, a duração do aleitamento materno exclusivo por período inferior a quatro meses, foi associada com enurese primária. A duração do aleitamento materno, número de filhos, ordem de nascimento e grau de escolaridade do chefe da família não foram associados com enurese primária. |