Direito humano à educação e as determinantes de raça, gênero, classe e família: análise sobre a interação entre famílias monoparentais chefiadas por mulheres de cor preta e instituição escolar, no município de Juiz de Fora-Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Siqueira, Lia Maria Manso lattes
Orientador(a): Sampaio, Kelly Cristine Baião lattes
Banca de defesa: Keller, Edelvais lattes, Ferreira, Mariah Brochado lattes, Rosa, Waleska Marcy lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Direito e Inovação
Departamento: Faculdade de Direito
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1763
Resumo: A perspectiva de relação inafastável entre instituição familiar e escola motivou o recorte desta pesquisa. A presente pesquisa busca compreender a relação entre famílias monoparentais matrifocais chefiadas por mulheres pretas e o processo de educação de suas filhas e filhos. Um dos desafios deste estudo é compreender as especificidades para realização do Direito Humano à Educação neste contexto social com recortes interseccionais de raça, gênero e classe. A investigação contou com uma fase bibliográfica, orientada por marcos teóricos do reconhecimento e da redistribuição – Axel Honneth e Nancy Fraser - para compreendermos as relações e lutas por reconhecimento/redistribuição nas famílias monoparentais femininas e negras e como a negativa destas duas esferas de justiça pode significar a reprodução de opressões. Ainda durante a pesquisa bibliografica, adotamos como referencial Bell Hooks, para o viés propositivo de ampliaçao da comunidade de aprendizagem pelas interações família/escola e real transformação: o racismo, o sexismo e a rigidez da mobilidade social não podem ser vistas como sortilégio no currículo escolar, sob pena de frustrar a esperança pela equidade e da realização do próprio direito educacional. Durante toda a investigação, fomos guiadas pelo seguinte entendimento: a luta por Direitos Humanos exige medidas de enfrentamento da injustiça econômica e cultural, simultaneamente, por meio de mecanismos transformadores para a redistribuição e reconhecimento, respectivamente, objetivando a reavaliação positiva de identidades discriminadas na desconstrução de esteriótipos e preconceitos. A fase de campo da investigação teve caráter marcadamente etnográfico e qualitativo – por meio de entrevistas foram ouvidas mães de alunas(os) matriculadas(os) no ensino fundamental e professoras(os) da rede do ensino municipal de Juiz de Fora, Minas Gerais. Durante a pesquisa ficou destacada a importância de que a interação escola/família deve representar a aproximação entre professoras(es), gestoras(es), mães e alunas(os).