Por que a polícia na escola? Análise do discurso de policiais militares que atuam na socialização de crianças e de adolescentes
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00042 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14373 |
Resumo: | A pesquisa traz uma visão institucional da Polícia Militar de Minas Gerais sobre violência escolar, com foco nas práticas discursivas de policiais que trabalham ou já atuaram com o Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD) ofertado para crianças e adolescentes em diferentes instituições de ensino. O estudo debate e convida à reflexão acerca de problematizações conceituais referentes à violência escolar, socialização de crianças e de adolescentes e a presença da polícia na escola por meio de iniciativas como o PROERD. Com a metodologia de análise de discurso de Foucault, a tese reúne e interpreta depoimentos de agentes públicos obtidos por meio de entrevistas semi-estruturadas e de um trabalho de campo que deu origem a um diário com outras percepções e declarações de policiais e de integrantes das comunidades escolares. A tese mostra, acima de tudo, cenários de “desigualdade radicais” ampliadas com a pandemia da COVID-19. Lacunas ou ausência completa de políticas públicas limitam e expõem espaços de ação e de fala incongruentes e contraproducentes. Além disso, o contexto reflete as dificuldades de uma lógica de rede entre os atores sociais, que colocam em discussão a eficácia do PROERD, como instrumento de socialização, a partir de discursos normatizadores de controle social. Percebemos, ainda, discordâncias internas sobre os papéis nas escolas. Alguns militares se classificam como “pedagogos” e “professores”, enquanto outros frisam que o policial não exerce essa função, por não ter formação nessa área. Da maneira como é empregado, o PROERD se apresenta, de fato, como mais uma presença do Estado de controle social que pode soar como autoridade repressora para muitos jovens, apesar da desenvoltura dos policiais nas aulas e de seus investimentos nas questões sócios emocionais do público do PROERD. |