Os sentidos do fogo: corpo e otredad em Salamandra, de Octavio Paz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Campos, Ângela Vieira lattes
Orientador(a): Furtado, Fernando Fábio Fiorese lattes
Banca de defesa: Coelho, Olga Valeska Soares lattes, Cyntrão, Sylvia Helena lattes, Guimarães, André Monteiro lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1046
Resumo: A tese propõe um diálogo entre poesia e filosofia, com o objetivo de analisar os poemas do livro Salamandra, de Octavio Paz e de demonstrar a construção do corpo em sua relação com o conceito de otredad, evidenciado pelo autor em suas obras críticas. A partir do poema "Noche en claro", destaca-se, inicialmente, o diálogo de Paz com o movimento surrealista e se estabelecem outras discussões tais como a relação do eu-lírico com o tempo e com o corpo da cidade. Considera-se ainda a otredad na perspectiva da conciliação dos opostos, observando-se as relações analógicas entre microcosmos e macrocosmos. Nesse sentido, procede-se à análise dos poemas que apontam para a conexão entre o corpo humano e a natureza. Por fim, discute-se o poema "Salamandra", considerando-se a multiplicidade de corpos que o atravessa, bem como as proliferações do signo do animal que se desdobra a partir dos conhecimentos da alquimia presentes nesse texto. Todos esses movimentos de leitura têm o fogo como um elemento direcionador, seja para se pensar o corpo em sua dupla chama de amor e de erotismo, conforme o demonstra Octavio Paz em sua obra, seja para designar o devir, conforme o pensamento de Heráclito, ou mesmo para se abrir a uma poética do fogo, para se pensar com Gaston Bachelard. Os poemas e os textos críticos de Paz suscitam, ainda, o pensamento sobre a vitalidade e a potência dos corpos, para tanto, tornou-se necessário abordar as obras de pensadores como Nietzsche, Michel Foucault, Gilles Deleuze e Félix Guattari.