Sentir a água, ser caçador : as configurações do corpo e do erotismo feminino na poética de Olga Savary

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Trindade, Marcela Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1251
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar o papel metafórico da natureza nos poemas de Olga Savary, na obra Magma (1982). Trata-se de uma pesquisa de revisão de literatura, na qual abordaremos a construção de uma nova dimensão poética, que emerge do entrelaçamento entre o humano e os elementos naturais que deixa explícita a manifestação das nuanças do erotismo nos poemas, como forma peculiar da exploração do corpo e parte constitutiva da experiência amorosa lírica. Para isso, a pesquisa apresenta as características da obra literária de Olga Savary; poeta brasileira que tem a palavra e a poesia como referência para a construção literária. A poeta é responsável por publicar Magma, o primeiro livro escrito todo em temática erótica, rompendo os paradigmas sociais, diante do contexto em que a figura feminina sofria com a invisibilidade para conquistar o próprio espaço, principalmente, na representação literária. Como referencial teórico no que tange à literatura erótica, a presente dissertação tomará os estudos de Alberoni (1986), mas sobretudo Bataille (1987) e Octavio Paz (1994) que assimilam as características do erotismo como referência da interioridade, principalmente por meio da imaginação e da experiência humana. Já para a análise da função metafórica da água tomaremos como teóricos Eliade (1979) e Bachelard (1998) que apresentam a água de maneira análoga às metáforas de Olga Savary, como fonte inesgotável para apreciação da natureza, como mediadora da sondagem da criação, da purificação e da ferocidade do desejo. A pesquisa busca demonstrar as características poéticas de Olga Savary como uma quebra de paradigmas, pois sintetiza a representação de um eu lírico que revela, por meio da sensibilidade humana, o desejo sutil, solidificado pela linguagem através dos elementos da natureza. As análises dos poemas têm como escopo observar o seu "erotismo textualizado” que relaciona a existência com o real, a poesia e a própria subjetividade.