O uso de álcool e tabaco e as vivências de prazer e sofrimento no trabalho entre Agentes Comunitários de Saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mello, Priscila Mendes Fernandes de lattes
Orientador(a): Greco, Rosangela Maria lattes
Banca de defesa: Aguiar, Aline Silva lattes, Gebara, Carla Ferreira de Paula lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10027
Resumo: Após o movimento da Reforma Sanitária e com a criação do Sistema Único de Saúde , A Atenção Primária à Saúde passa a ser a porta de entrada preferencial do sistema de saúde brasileiro. A Estratégia da Saúde da Família foi implantada em 1994 a fim de organizar, expandir e consolidar a Atenção Primária à Saúde, tendo sido criado no ano de 1991 o Programa de Agentes Comunitários de Saúde . O Agente Comunitário de Saúde é o trabalhador que desenvolve o elo entre os usuários e o s serviços de atenção primária à saúde. Está exposto a pressões que podem desencadear adoecimento mental e comportamentos compensatórios, como a ingestão de bebida alcoólica e tabagismo. Este trabalho objetivou analisar o uso de álcool e tabaco, associado às vivências de prazer e sofrimento no trabalho dos ACS no município de Juiz de Fora . Faz parte de uma pesquisa de amplitude maior, denominado “Trabalhadores da Atenção Primária à Saúde condições de trabalho e vida”. Foi desenvolvido um estudo transversal, composto por uma amostra de 212 A gentes Comunitários de Saúde , com predominância do sexo feminino (91,5%), na faixa etária superior a 40 anos (65,9%), cor preta parda (51,2%), casadas (55,5%) e com filhos (76,8%). Para avaliar o uso d e álcool, foi utilizado o Alcohol Use Disorders Identification Test ””, em que 46,2% da amostra declarou consumir bebida alcoólica e destes, 12,3% fazem consumo de risco e 0,5% estão na zona de provável dependência. Houve significância estatística (p=0,03 7 ) entre o uso de álcool e ser casado união estável, sendo este um fator protetor para o consumo de risco, nocivo e de provável dependência do álcool. Quanto ao uso de tabaco, 9,9% são tabagistas, e destes, 38,1% apresentam grau elevado de dependência. A associação dos testes Fagerström e do “ Alcohol Use Disorders Identification Test à Escala de Indicadores de Prazer e Sofrimento no Trabalho , demonstrou uma porcentagem expressiva daqueles que apresentam grau médio elevado de dependência do tabaco e consumo de risco e provável dependência do álcool e que experimentam sofrimento nas vivências do trabalho. Os dados encontrados nesta pesquisa indicam que devem haver investimentos na formulação de políticas públicas e disponibilização de serviços e ações coerentes com as realidades de trabalho do A gente Comunitário de Saúde , visando a garantia da qualidade de vida destes trabalhadores.