Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Saçço, Roberta Cristina de Oliveira
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Orientador(a): |
Rocha, Enilce do Carmo Albergaria
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Banca de defesa: |
Faria, Alexandre Graça
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Medeiros, Marília Salles Falci
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3168
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objeto de estudo a obra literária de Bernardo Kuscinski, K (2014) e depoimentos de sobreviventes da ditadura militar brasileira. Exploram-se, neste trabalho, a relação entre ficção e testemunhos orais. Em termos comparativos, nosso objetivo é mostrar como a literatura elabora imagens da violência contra o corpo e contra o psiquismo e como as vítimas elaboram os traumas dessa época. O embasamento teórico que norteia essa investigação compreende uma série de trabalhos que ocupam-se das relações entre testemunhos e trauma. Como forma de validação dessa hipótese baseamos nossa análise nos estudos de Franz Fanon, Márcio SeligmannSilva e Maria Rita Kehl. Concomitantemente, analisamos o testemunho de mulheres que prestaram depoimento para a Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora. O intuito é resgatar vozes silenciadas na militância feminina juiz-forana e compreender como esse período foi pensado pelas mulheres da cidade que resistiram ao regime. Nesse cenário, a literatura surge como a possibilidade de representação do trauma. Na análise do texto literário ainda é viva a ferida aberta na memória da nação brasileira. O papel da literatura é justamente esse, retomar o passado sob um olhar diferenciado, o olhar literário numa tentativa de transformar dor e sofrimento em arte e não deixar que a história caia no esquecimento. Através de um compromisso ético, a literatura devolve aos sobreviventes e aos desaparecidos o direito à memória e à justiça. |