A sensibilidade aos determinantes e a segmentação do DP por bebês brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Uchôa, Danielle Novais lattes
Orientador(a): Lobo Name, Maria Cristina lattes
Banca de defesa: Teixeira, Luciana lattes, Ferrari Neto, José lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/995
Resumo: Este estudo tem como objetivos investigar a sensibilidade à forma fônica dos determinantes e analisar se essa sensibilidade ajudaria bebês de 13 meses, adquirindo o português, a segmentar o sintagma determinante (DP) em unidades menores (determinante + nome). A perspectiva teórica adotada busca conciliar um tratamento psicolinguístico para aquisição de língua com uma teoria linguística, através da integração entre o modelo de Bootstrapping Fonológico (MORGAN & DEMUTH, 1996; CHRISTOPHE ET AL., 1997) e o Programa Minimalista, no que se refere, sobretudo, à sua concepção de Faculdade da Linguagem (HAUSER, CHOMSKY & FITCH, 2002), entendida sob duas perspectivas: no sentido estrito (FLN – Faculty of Language in the narrow sense) e no sentido amplo (FLB – Faculty of Language in the broad sense). Essa conciliação permite-nos explicar como a criança chega à sintaxe da sua língua a partir de pistas distribucionais e prosódicas disponibilizadas na interface fônica. Estudos conduzidos em diversas línguas, inclusive em português (Name, 2002), sugerem que, por volta dos 10 meses de idade, as crianças já seriam capazes de reconhecer os itens funcionais no fluxo da fala, a partir de suas características acústicas e distribucionais, utilizando-os como pistas para o acesso lexical e sintático. As hipóteses assumidas são de que (i) aos 13 meses, a criança é sensível à forma fônica dos determinantes, distinguindo, assim, os determinantes reais dos pseudodeterminantes, sendo capazes, (ii) de segmentar o DP formado por um determinante real + pseudonome. Nossos resultados sugerem que aos 13 meses, o bebê é sensível à forma fônica dos determinantes da língua, reagindo diferentemente quando apresentados aos determinantes (o / um/ este / aquele) ou aos pseudodeterminantes (ône / ór / ugi / ófupi). Além disso, sugerem também que as crianças foram capazes de segmentar o DP em unidades menores, já que reagiram diferentemente aos pseudonomes familiarizados quando antecedidos por determinante real ou pseudodeterminante.