Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Luciana de Freitas
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Orientador(a): |
Ferreira, Maria Elisa Caputo
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Banca de defesa: |
Daolio, Jocimar
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Rodrigues, Afonso Celso Carvalho
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação Física
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Departamento: |
Faculdade de Educação Física
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2410
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo identificar os diferentes sentidos e significados da tatuagem para os adultos jovens possuidores dessa marca corporal, residentes na cidade de Juiz de Fora/Minas Gerais. Tem, ainda, como objetivos específicos: identificar os sentidos e significados dos desenhos escolhidos, relacionar a questão de sexo na escolha dos desenhos e das partes do corpo tatuadas e, também, os motivos que levam os jovens a optarem pela tatuagem. Busca-se, a partir dessas questões, entender o porquê de uma mudança corporal que durará a vida toda, em um mundo onde tudo nos parece tão transitório e efêmero. Para atingir esses objetivos, foram utilizadas a metodologia qualitativa e a entrevista semiestruturada para coleta de dados, os quais foram obtidos por meio de uma amostra de 46 participantes. Com base nas entrevistas gravadas e transcritas na íntegra, partiu-se para a estratégia de interpretação através da análise de conteúdo. Os relatos foram organizados nas seguintes categorias: “Territorialização Corporal”, “Referentes”, “Tomada de Decisão” e “Orgulho X Preconceito”. Desse modo, observou-se que há uma pluralidade de perspectivas sociais e culturais que influenciam a construção de sentidos e significados sobre a tatuagem. Observaram-se nos resultados, especificidades em relação aos sexos, em que as escolhas dos desenhos e regiões corporais são orientadas com base em parâmetros social e culturalmente construídos, referentes ao “feminino” e ao “masculino”. Sobre o porquê de os entrevistados terem optado por uma marca corporal, diversas respostas foram apontadas, tais como: homenagear alguém importante, ter uma arte em seu corpo, possuir uma marca de representação de algo com que se tenha afinidade, fazer do corpo uma biografia de momentos passados ao longo da vida, carregar junto ao corpo um símbolo de proteção, possuir um símbolo corporal de características e anseios almejados, marcar o corpo com um traço de sensualidade para chamar a atenção para alguma região corporal ou, ainda, usar o corpo para fazer uma crítica à sociedade. Entretanto, o que mais retém a atenção nos resultados são as leis sociais subsistentes, que limitam o uso da tatuagem e estabelecem normas do que é socialmente aceito. Assim, esta pesquisa aponta que há, atualmente, restrições subliminares que ditam regras. Observa-se que, na verdade, a estigmatização continua. Ela não determina que não se faça o desenho, mas dita o quê, onde e em que região do corpo deve ser feito. A tatuagem pode, sim, transitar pelos corpos, desde que seguindo as leis culturais estipuladas. |