Evidências atuais e perspectivas futuras sobre a distribuição da intensidade do treinamento, volume e prescrição do exercício para corredores de média e longa distância
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação Física
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Departamento: |
Faculdade de Educação Física
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00002 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13831 |
Resumo: | A distribuição da intensidade do treinamento (DIT) é considerada um fator chave para otimizar o desempenho de endurance. Para prescrever e quantificar o treinamento de endurance, tipicamente, utiliza-se um teste de exercício graduado para determinar a velocidade de corrida e/ou a frequência cardíaca associada as referências fisiológicas como o 1° limiar de lactato/ventilatório (LL1/LV1) e o 2º limiar de lactato/ventilatório (LL2/LV2). Adicionalmente, outros métodos de prescrição e quantificação derivados da percepção de esforço da sessão (PSE-sessão) e do ritmo de corrida sem a necessidade de um teste de exercício graduado também podem ser utilizados. Estudos recentes mostraram que a quantificação do treinamento através de métodos subjetivos e objetivos podem afetar significativamente o cálculo da DIT, dificultando o estabelecimento de um modelo de quantificação baseado na PSE-sessão. Embora o teste de exercício graduado associado aos limiares fisiológicos seja visto como mais confiáveis, seu uso exige equipamentos sofisticados inviabilizando sua utilização durante o treinamento e/ou competições. Nessa linha, uma provável associação entre os limiares fisiológicos e a percepção subjetiva de esforço (PSE) durante um teste de exercício graduado poderia ajudar os treinadores a prescreverem o treinamento para corredores de endurance através de uma ferramenta não invasiva de baixo custo e complexidade. Três zonas de intensidade de treinamento (ou seja, zona 1 [4mmol.L -1 ;>LL2;>LV2; PSE 7-10]) são utilizadas para distribuir o volume total de treinamento. Corredores de média e longa distância utilizam três tipos principais de DIT: 1) DIT polarizada com 75-80% do volume total de treinamento na zona 1, 0-5% na zona 2 e 15-20% nas zonas; 2) DIT piramidal com 80% do volume total de treinamento na zona 1 e 20% na zona 2; e 3) DIT no limiar com > 20% do volume total de treinamento na zona 2. Devido ao crescimento no número de pesquisas relacionadas à DIT em corredores de média e longa distância nos últimos 20 anos, há uma necessidade de resumir e sistematizar as evidências disponíveis na literatura específica. Dessa forma, o objetivo primário desta tese foi realizar uma revisão sistemática (estudo 1) “Distribuição da intensidade do treinamento em corredores de média e longa distância: Uma revisão sistemática”, e baseado em seus resultados, como objetivo secundário e terciário realizar um estudo experimental (estudo 2) “Análise da distribuição da intensidade do treinamento e desempenho no contrarrelógio em corredores de longa distância: Uma comparação entre métodos de quantificação objetivo vs. subjetivo”, e outro de efeito agudo (estudo 3) “Predição do limiar anaeróbio utilizando a escala OMNI-Walk/Run em corredores de longa distância: um estudo preliminar”, respectivamente. . Os resultados da revisão sistemática (estudo 1) demonstraram que o método de quantificação (ou seja, PSE-sessão, lactato sanguíneo, frequência cardíaca, velocidade de corrida e ritmo de corrida) influenciam substancialmente o cálculo da DIT. Os modelos polarizado e piramidal produzem o melhor desempenho de endurance em comparação com o modelo no limiar. Portanto, parece que uma combinação de alto volume em baixa intensidade (≥ 70% do volume total de treinamento) e baixo volume em alta intensidade (≤ 30%) é necessário para melhorar o desempenho de endurance. Além disso, monitorar o treinamento através de múltiplos mecanismos utilizando métodos subjetivos e objetivos podem ajudar os treinadores a tomar melhores decisões. No que se refere ao estudo experimental (estudo 2), os resultados mostraram que a velocidade de corrida produziu uma DIT polarizada (zona 1: 78,09 ± 2,92%, zona 2: 4,97 ± 1,97%, zona 3: 16,71 ± 2,37%), enquanto a PSE-sessão resultou em uma DIT de alta intensidade (zona 1: 31,92 ± 18,20%, zona 2: 19,29 ± 14,63%, zona 3: 48,74 ± 18,08%). A velocidade de corrida também demonstrou maior tempo total de treinamento gasto na zona 1 em comparação com a PSE-sessão, enquanto o oposto foi verificado para a PSE-sessão quando comparada a velocidade de corrida nas zonas 2 e 3 (p<0,001). . Uma melhora significativa no desempenho foi observada após uma DIT polarizada de 8 semanas [Pré: 2504 ± 164 vs. Pós: 2425 ± 135 seg (p< 0,001) )]. Os resultados do estudo de efeito agudo (estudo 3) não demonstraram diferença significativa na velocidade de corrida em que o limiar de lactato determinado pelo método Dmáx (LLDmáx) [13,53 ± 0,96 km·h-1 ] e o limiar da percepção subjetiva de esforço determinado pelo método Dmáx (LPSEDmáx) [13,47 ± 1,05 km·h-1 ] foram encontrados (p=0,664). Adicionalmente, ambos os métodos apresentaram uma forte correlação (r=0,91) e concordância através da análise do gráfico de Bland-Altman. |