Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Arantes, Igôr Werneck
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Orientador(a): |
Pereira, Prisca Rita Agustoni de Almeida
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Banca de defesa: |
Furtado, Fernando Fábio Fiorese,
Américo, Ekaterina Volkova |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10857
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Resumo: |
Esta pesquisa propõe uma investigação acerca do silêncio em alguns poemas de Marina Tsvetáeva. A partir de um olhar estrutural e social, o estudo busca, mais especificamente, pensar de que maneira o silenciamento poético se manifesta nos poemas, além de verificar se há alguma ressonância entre o prisma histórico dos períodos de exceção e a prática literária de Marina Tsvetáeva, considerando alguns fatores-chave como o poder de concisão da língua russa e a flexão de outros elementos formais e sociais no texto poético. Do ponto de vista teórico, a pesquisa conta com dois caminhos críticos (ou capítulos) que muito se acentuam na obra da poeta: a cidade e a memória. O primeiro, pensando na produtiva relação de interface entre a Moscou da infância e a capital pré-revolucionária da segunda década do século XX, tendo como base o suporte de Hamburger (2007), Agamben (2004), Ehrenburg (1964) e Gomes (2008). O segundo viés teórico lança mão da memória, dessa vez não apenas da cidade, mas oriunda de outros fractais, pensada nas múltiplas relações mnemônicas que os poemas coligidos exploram através de seus gatilhos e vestígios diversos, resgatando temas como nascimento, predestinação, infância e relacionamento familiar, caros à Tsvetáeva como um todo. Nesse segundo momento, contribuíram os autores Halbwachs (1968), Lopes (2012), Seligmann-Silva (1999) e Nora (1993). Por fim, a pesquisa se encerra com um terceiro e último capítulo que analisa, de maneira geral, a recepção da literatura russa no Ocidente (mais especificamente, na França) e discute como Marina Tsvetáeva foi e continua sendo bastante lida através da chancela de sua trágica biografia. O capítulo relativiza, baseando-se nas obras de Gomide (2004), Feiler (1994) e Butler (2016), o poder do mercado na recepção das obras literárias, o papel central do gênero e o efeito da tragédia na biografia das escritoras suicidas. |