Implicações entre fenomenologia e teologia cristã no pensamento de Martin Heidegger
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00081 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13675 |
Resumo: | A presente tese tem como ponto de partida a conferência Fenomenologia e teologia, ministrada em 1927 e repetida em 1928, pelo filósofo alemão Martin Heidegger (1889-1976), e tem como principal objetivo apresentar três principais pontos de implicação entre o conceito de filosofia, como ciência ontológico-transcendental, cujo método é a fenomenologia, e o de teologia cristã, apresentada, na conferência, na condição de ciência ôntico-positiva. Para tanto, argumenta-se aqui a favor da hipótese de que a conferência pode ser entendida como um desdobramento da ontologia fenomenológico-hermenêutica, de modo que a relação aí proposta por Heidegger entre filosofia e teologia deve ser posta sob o pano de fundo da pergunta tanto pelo sentido de ser do ser em geral e, especificamente, pelo sentido de ser do aí-ser, quanto daquela pela cientificidade da ciência em geral. Nesse sentido, a presente tese está desenvolvida em três seções: na primeira se investiga o conceito de fenomenologia, tal qual exposto no §7 de Ser e tempo (1927), indicado como o guia metodológico da conferência, pois, a partir disso, torna-se possível entender a razão de a filosofia ser uma ontologia fenomenológico-hermenêutica; na segunda se apresenta o conceito ontológico-existencial de ciência, que é justamente a condição de possibilidade para se entender o porquê de a teologia cristã ser uma ciência ôntico-positiva e a partir de onde se pode descrever seu positum originário, a fé, bem como justificar por que sua cientificidade específica é historiológico-sistemático-prática; por fim, na terceira se justifica por que a filosofia serve de corretivo ontológico para o conteúdo ôntico dos conceitos teológicofundamentais e por que essa correção é algo exigido pela própria teologia e não imposto pela filosofia. Nesse cenário, também será possível entender que há duas gramáticas na conferência: uma que aborda filosofia e teologia como distintas ciências e outra que assume a filosofia e a fé como opostos modos de ser do aí-ser, o que leva Heidegger a pôr em questão o caráter de ciência da teologia. Conclusivamente, faz-se uma breve retrospectiva dos pressupostos teóricos da conferência, tal como trabalhados ao longo da tese; também são trazidos aspectos contributivos à área de Ciências da Religião e Teologia e à de Filosofia; por fim, aponta-se uma prospectiva de pesquisa que, de certo modo, pode dar continuidade a esta aqui desenvolvida. |