Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Castro, Marco Vinicius de
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Orientador(a): |
Fraga, Paulo Cesar Pontes
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Banca de defesa: |
Magalhães, Raul Francisco
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Hirata, Daniel Veloso
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10130
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Resumo: |
Este trabalho resulta de um estudo feito a partir das redes morais de atores sociais que plantam a própria maconha para o uso social recreativo, prática esta que é entendida como um ilegalismo popular. Partindo do objetivo de mapear, a partir de observações, interações e do ponto de vista de atores que plantam a própria maconha para o uso social recreativo, visa-se analisar como esses atores sociais, a partir de suas redes morais, entram em relações e firmam uma solidariedade específica a partir de suas práticas. Para isso é lançado mão de um estudo exploratório inspirado no método etnográfico e no interacionismo simbólico para interagir, observar, seguir e entrevistar qualitativamente atores morais que plantam a própria maconha. Atores que plantam a própria maconha para uso social recreativo firmam uma vida moral de gênero único e, sendo assim, configuram redes morais e relações sociais através de suas práticas. Essa associação moral de atores possui em comuns ideias, interesses e sentimentos que boa parte da população geral não partilha, inclusive diferente de atores que apenas fumam e não plantam a própria maconha. A prática do plantio caseiro da própria maconha é entendida como uma fonte de atividade moral específica, e essas redes morais que os atores firmam ultrapassam o apego individual para o social por esta prática, pois desse apego emerge uma associação restrita no seio da sociedade geral e desprende-se dessa associação uma vida moral de gênero único que considera isso uma atividade normal. Logo, o efeito moral produzido daí suscita um sentimento de solidariedade entre atores morais heterogêneos, formando suas agregações em redes morais, e estabelecendo relações de reciprocidade e de cooperação, assim como reconhecimento e aceitação moral a partir da prática de um ilegalismo popular. |