Matilde Campilho: por uma poética do espanto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Fajardo, Otávio Campos Vasconcelos lattes
Orientador(a): Pereira, Prisca Rita Agustoni de Almeida lattes
Banca de defesa: Pires, André Monteiro Guimarães Dias lattes, Pucheu Neto, Alberto lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5639
Resumo: Este trabalho tem como objetivo a discussão acerca da poética de Matilde Campilho, poeta portuguesa que ganhou destaque nos meios digitais e publicou seu primeiro livro em 2014. Através da análise de Jóquei (Lisboa: Tinta-da-China, 2014) e dos videopoemas publicados em seu canal no YouTube, estende-se um estudo sobre a obra levando em conta, sobretudo, seu caráter de re-encantamento sobre um mundo fragmentado, que viemos a chamar de poética do espanto. Para o crítico e pesquisador Alberto Pucheu, vivemos em uma época da nadificação do espanto, ou do pós-espanto, que seria o gene de toda filosofia, assim como da própria poesia. Vendo o espanto como a remodelação de um corpo a partir da violência de um estado inédito, colocamos a poética de Campilho em contraponto a essa afirmação. A partir dos estudos em esquizoanálise, o trabalho apresenta uma breve teoria do espanto, relacionada ao passeio do esquizo entre as fronteiras, caminhando por um pensamento de reconstrução da arte contemporânea até os dias atuais, quando os novos meios tecnológicos proporcionam a retomada das potências do corpo na poesia.