Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Braga, Luciane Senra de Souza
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Orientador(a): |
Pinheiro, Hélady Sanders
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Banca de defesa: |
Moura, Lúcio Roberto Requião
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Costa, Darcília Maria Nagen da
,
Bastos, Marcus Gomes
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/381
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Resumo: |
Desde o primeiro transplante renal bem sucedido, que a clínica vêm sendo monitorada, medida e descrita, de forma a nortear a atividade transplantadora em todo o mundo. Neste trabalho, avaliamos dados de prontuário médico de todos os pacientes transplantados renais entre janeiro de 2002 e dezembro de 2012, acompanhados no Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Nefrologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (NIEPEN-UFJF). Este estudo, retrospectivo e de coorte, foi idealizado a partir da coleta de dados para alimentação do Cadastro Nacional de Transplantes (CNTx), tendo como objetivo principal descrever a sobrevida de pacientes e do enxerto renal, bem como o impacto de diferentes variáveis clínicas sobre estes desfechos, em um serviço de baixa atividade transplantadora. Foram incluídos 162 pacientes, com média de idade de 44 ± 11,5 anos, dos quais 92% tiveram doador vivo relacionado. A sobrevida dos pacientes, do enxerto e do enxerto censurada para óbito foram analisadas através do método de Kaplan-Meier, e sua associação com os fatores de risco estudados foi verificada por meio do teste log-rank, ou pelo modelo de Cox, conforme indicado. A sobrevida dos pacientes em 1, 3 e 5 anos foi de 88,6%, 86% e 82,9%, respectivamente. A sobrevida do enxerto foi de 86,9%, 83% e 77%, e a sobrevida do enxerto censurada para óbito foi de 98,1%, 96,6% e 92,9% para os mesmos períodos. A maioria das perdas de enxerto ocorreram durante o primeiro ano pós-transplante, devido a infecções. Após ajustes estatísticos, observamos que pacientes com idade acima de 42 anos (HHR 3,94, IC 1,39 a 11,13), com doador falecido (HHR 11,41, CI 1,2 a 108,35) ou escolaridade entre 8 e 11 anos apresentaram risco aumentado de perda do enxerto, de forma independente. Em resumo, apesar da elevada mortalidade observada no primeiro ano pós-transplante, as taxas de sobrevida de pacientes e do enxerto foram similares àquelas descritas em grandes bases de dados preexistentes. Acreditamos que a melhoria do cuidado no período pós-transplante é fundamental no sentido de melhorar as taxas de sobrevida, especialmente em centros de baixa atividade transplantadora, que correspondem a cerca de 30% da atividade transplantadora nacional, mas representam enorme potencial para crescimento do número absoluto de transplantes no Brasil, nos próximos anos. |