Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Priscilla Rezende
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Orientador(a): |
Mármora, Cláudia Helena Cerqueira
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Banca de defesa: |
Mourão Júnior, Carlos Alberto
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Oliveira, Felipe Santos de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Psicologia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6868
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Resumo: |
Dentre os tratamentos propostos para transtornos mentais, a terapia de biofeedback é uma das muitas abordagens utilizadas. Tal terapia tem como objetivo auxiliar o indivíduo a assumir a responsabilidade pelo seu bem-estar, englobando responsabilidades pelas mudanças cognitivas, emocionais e comportamentais necessárias para a obtenção de mudanças fisiológicas saudáveis. Neste trabalho de revisão sistemática objetivou-se pesquisar e averiguar em quais psicopatologias o biofeedback e o neurofeedback têm sido utilizados, bem como verificar a existência de evidências de sua eficácia nesses quadros. Foi realizada uma pesquisa em cinco bases de dados eletrônicas (PubMed/Medline, SCOPUS, Web of Science, PsycInfo e Scielo), utilizando-se combinações booleanas do termo “biofeedback” (AND) com termos retirados da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – 10 (CID-10). A seguir, novas combinações foram empregadas adicionando o termo “intervention” às combinações descritas. Um total de 14.350 estudos foram incluídos no conjunto de dados. Foram analisados estudos originais, cujo objetivo era investigar a eficácia do biofeedback no tratamento de psicopatologias, escritos em português e/ou inglês publicados entre os anos de 2012-2017. Após o cumprimento de várias etapas de seleção, foram incluídos 49 estudos no conjunto de dados final e analisados de acordo com a: descrição da amostra (patologia; idade; tipo de biofeedback), desenho (Randomização; Controle, Cegamento; cálculo do N, Follow-up, Registro, Tamanho de efeito, análise por intenção de tratar, Multicêntrico, Piloto), protocolo (número de sessões de treinamento e de intervenção, duração da sessão de intervenção, frequência das sessões e duração da pesquisa). As psicopatologias mais frequentes foram transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, transtorno depressivo maior, transtorno do espectro autista, dependência de álcool, compulsão alimentar e estresse. A maioria (51,02%) dos estudos analisados não utilizou medidas de tamanho de efeito e apenas um quinto (20,42%) encontrou, efetivamente, algum efeito nas intervenções com biofeedback ou neurofeedback. Todos os 13 estudos nos quais foi apresentado algum efeito do bio ou neurofeedback continham importantes falhas metodológicas. Considerados todos os aspectos metodológicos e os vieses de cada uma das falhas, verifica-se que nenhum dos artigos conseguiu contemplar todos os requisitos metodológicos para que se pudesse afirmar a eficácia do tratamento através do biofeedback e o neurofeedback. São necessários estudos mais rigorosos para que se possa afirmar a aplicabilidade e a eficácia do biofeedback e neurofeedback no manejo de psicopatologias. |