Geossistemas e corredores ecológicos em Juiz de Fora (MG): o papel das conectividades no planejamento ambiental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Barreto, Juliana Costa Baptista lattes
Orientador(a): Marques Neto, Roberto lattes
Banca de defesa: Ferreira, Cássia de Castro Martins lattes, Souza, Rosemeri Melo e lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Geografia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16245
Resumo: Os biomas que compõem a chamada Mata Atlântica, fundamentalmente os florestais, figuram entre aqueles processos de alteração ao longo de sua história ambiental, exibindo atualmente uma condição altamente fragmentária, malgrado os processos de regeneração verificados em algumas localidades e regiões. Partindo de tal problemática, a presente dissertação assume o objetivo de propor corredores ecológicos para o município de Juiz de Fora (MG) a partir dos mosaicos que compõem atualmente a estrutura da paisagem, coadunando a abordagem geossistêmica e a ecologia da paisagem enquanto substrato teórico-metodológico. As bases geossistêmicas sustentaram um mapeamento de tipologias de geossistemas e a interpretação da estrutura horizontal da paisagem, enquanto as bases trazidas da ecologia da paisagem deram o aporte metodológico para a quantificação de elementos métricos dos fragmentos, enfaticamente a respeito de suas dimensões areolares, forma e distanciamento. O município de Juiz de Fora assenta sua malha urbana extensivamente sobre o gráben do rio Paraibuna, com ocupação mais recente nas morrarias policonvexas que caracterizam a organização geomorfológica da Zona da Mata mineira, e ainda resguarda uma série de fragmentos florestais de diferentes dimensões, formas e graus de proximidade entre si. Indubitavelmente, tal organização esgtrutural resultou em duas classes de fácies diferenciadas segundo o predomínio de estruturas antroponaturais e antropogênicas, ambas agregando 21 grupos de fácies, unidade geossistêmica que se mostrou bastante aderente à configuração dos mosaicos. Os aludidos grupos agregam diferencialmente os fragmentos florestais em termos de tamanho, forma e distanciamento, resultando em diferentes perspectivas de conectividade, com maior potencial nas áreas com predomínios de estruturas antroponaturais, e com mais obstáculos nas áreas com predomínio de estruturas antropogênicas, notadamente o gráben do rio Paraibuna e morros embutidos urbanizados, que determinam os principais obstáculos para a implantação de corredores ecológicos. Para Juiz de Fora, foram propostas continuidades que podem ser implantadas a partir dos corredores em mosaicos preexistentes, que formam circuitos mais funcionais nas porções norte e sul do município, interceptados por um hiato na parte central onde as conectividades são menos adequadas. Ainda, o território municipal pode ser diferenciado segundo um zoneamento elaborado a partir das perspectivas de conectividade encontradas, por sua vez definidas a partir da estrutura da paisagem e das métricas dos fragmentos florestais existentes. Diferenciações de áreas em zonas figuram como importantes ferramentas para o planejamento ambiental, fazendo assim sugestiva a replicação dos caminhos metodológicos adotados para paisagens mosaicadas similares e fornecendo informações espaciais importantes para programas que visem a restauração ecológica a partir da reconfiguração dos mosaicos.