“Hoje meu coração bateu na porta da minha casa”: o protagonismo das crianças nas rodas de conversa na creche

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Villar, Miriam Nogueira Duque lattes
Orientador(a): Moreira, Ana Rosa Costa Picanço lattes
Banca de defesa: Micarello, Hilda Aparecida Linhares da Silva lattes, Andrade, Daniela Barros da Silva Freire lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11595
Resumo: Esta dissertação, vinculada à linha de pesquisa Discurso, Práticas, Ideias e Subjetividades em Processos Educativos do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), teve como objetivo compreender como se manifesta o protagonismo infantil nas rodas de conversa de um agrupamento de crianças de três anos de idade em uma creche conveniada no município de Juiz de Fora – Minas Gerais. Trata-se de uma investigação de cunho qualitativo, cuja produção e análise dos dados estão fundamentadas na abordagem histórico-cultural através dos estudos de Lev Vigotski e Mikhail Bakhtin acerca da linguagem na constituição dos sujeitos e em diálogo com a sociologia da infância, sobre a participação ativa das crianças. Como procedimentos metodológicos de pesquisa foram adotados a observação participante de 13 rodas de conversa, notas de campo, registros fotográficos, videogravações e entrevista semiestruturada com a professora da turma. Os dados analisados foram agrupados em três eixos de análise: (I) saberes que fazem a roda girar; (II) a imaginação que dá sentido à roda; e (III) os (des)compassos que movimentam a roda. Para a apreciação crítica dos eventos escolhidos, foi utilizada a vinheta como técnica que propicia a análise dos dados. Através das análises realizadas foi possível compreender que mesmo havendo o apagamento do protagonismo infantil, as crianças subvertem a rotina linear da roda de conversa rompendo com o instituído e revelando um protagonismo que é conquistado por elas. As análises evidenciaram também que o protagonismo infantil pode ser potencializado quando há por parte do adulto um olhar e uma escuta sensível e atenta para ouvir e perceber as linguagens verbais e não verbais que as crianças bem pequenas produzem.