O ensino de projeto de arquitetura e urbanismo e a primazia da visualidade
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ambiente Construído
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Departamento: |
Faculdade de Engenharia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2023/00017 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16237 |
Resumo: | O mundo atual tem sido marcado por um crescente valor atribuído à imagem e à visualidade, e a área da arquitetura e urbanismo não é exceção. Nesse contexto culturalmente visual, arquitetos e urbanistas recebem formação acadêmica que prioriza a imagem, resultando em profunda primazia da visualidade nos métodos e técnicas da área de arquitetura e urbanismo. Portanto, a pesquisa buscou responder à seguinte questão: Existe, para os professores de arquitetura e urbanismo, a possibilidade de um ensino de projeto de arquitetura e urbanismo para além da visualidade? A investigação teve como objetivo compreender os discursos dos professores das escolas de arquitetura e urbanismo sobre a possibilidade de um ensino de arquitetura e urbanismo para além da visualidade, especialmente no núcleo de conhecimento “Projeto de Arquitetura, de Urbanismo e de Paisagismo”. A metodologia foi composta pela revisão de literatura e documental, aplicação de questionário e entrevista, cujos dados foram manipulados através da técnica francesa da análise do discurso. Ao final, concluiu-se que a primazia da visualidade no campo da arquitetura e urbanismo é amplamente presente e enraizada. São percebidas algumas contradições nos discursos: por um lado, é mencionada a possibilidade de um arquiteto e urbanista sem a visão atuar e aprender arquitetura, por outro lado, na prática pedagógica e nos recursos utilizados, ainda predominam formas de representação exclusivamente visuais, trazendo consigo algumas perdas e limitações ao desenvolvimento pleno de todos, isto é, tanto para uma pessoa com visão, quanto sem ela. Essas contradições revelaram a necessidade de um maior esforço e uma reflexão contínua no campo da arquitetura e urbanismo para superar a supremacia da visualidade e desenvolver abordagens mais inclusivas e sensíveis aos sentidos. Portanto, devido a essa ênfase na visualidade, reforçada nos discursos, não parece existir uma perspectiva evidente para os professores de arquitetura e urbanismo em relação à possibilidade de um ensino de projeto de arquitetura e urbanismo que vá além da visualidade, uma vez que os discursos dos professores e também as teorias, métodos e técnicas da área reforçam essa restrição significativa do desenvolvimento sem a visualidade. |