Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Antunes, Kelly
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Orientador(a): |
Carvalho, Fabrício Alvim
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Banca de defesa: |
Azevedo, João Carlos Martins de
,
Meireles, Leonardo Dias
,
Cardoso, Simone Jaqueline
,
Faria, Ana Paula Gelli de
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12483
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Resumo: |
Áreas montanhosas são formações estruturalmente heterogêneas e devido a isso, são ambientes de alta diversidade, endemismo e altamente ameaçados devido a mudanças climáticas e fatores locais de perda de biodiversidade. A Serra da Mantiqueira (SM), no sudeste brasileiro, é um desses ambientes, classificada com importância extremamente alta para conservação e cuja flora não tem sua distribuição bem conhecida. Dentro das diversas formações vegetais da SM, destacam-se as florestas nebulares, que apresentam inúmeros serviços ecossistêmicos e que devido a interações complexas com nuvens ou nevoeiros, que dão o seu nome, são consideradas um dos ecossistemas mais raros e ameaçados do mundo. Considerando a importância dos ambientes montanos e das florestas nebulares para os serviços ecossistêmicos, e tendo em vista o desconhecimento de padrões de distribuição da flora para a SM e para as florestas nebulares, utilizamos Myrtaceae como um grupo “modelo” para o desenvolvimento do nosso trabalho. A família Myrtaceae, devido a seu amplo conhecimento e importância em comunidades do domínio atlântico, é bom modelo para estudos evolutivos e ecológicos, bem como um bom preditor para a diversidade de angiospermas. Neste contexto, nosso trabalho foi dividido em quatro capítulos, todos com análises em escala regional para a SM. O primeiro capítulo busca compreender como as espécies se distribuem nos gradientes altitudinais e edáficos, através da amostragem fitossociológica de sete fragmentos de florestas nebulares ao longo da SM. No segundo capítulo, através do banco de dados fitossociológicos formado, buscamos quantificar o estoque de carbono nas florestas nebulares da SM, abordando as espécies hiperdominantes em carbono que compõem as comunidades ao longo do gradiente altitudinal. Já para o terceiro capítulo montamos um banco de dados com o levantamento de todos os registros de Myrtaceae ocorrentes nos municípios delimitados para a SM, com o qual verificamos os padrões de distribuição geográfica e conservação de espécies de Myrtaceae, influência do esforço amostral, lacunas, e a eficácia das Unidades de Conservação na proteção de espécies ameaçadas. Além disto, geramos uma lista com 354 espécies de Myrtaceae ocorrentes na SM. O quarto capítulo foi desenvolvido a partir deste mesmo banco de dados, a partir do qual filtramos todas as espécies de Myrtaceae que ocorriam com exclusividade nas as florestas nebulares para análise de modelagem de espécies e preditiva. Buscamos compreender como as mudanças climáticas futuras podem afetar as florestas nebulares na SM e as implicações das mesmas na conservação, considerando a vulnerabilidade atual dessas florestas às mudanças climáticas em todo o planeta. De forma geral concluimos que as espécies que se destacam na composição florística e caracterizam as florestas nebulares correspondem a espécies hiperdominantes em carbono, inclusive espécies ameaçadas de extinção, ao mesmo tempo que pertencem a linhagens ou gêneros que podem se tornar ameaçados com o avanço das mudanças climáticas. Nosso trabalho traz informações preciosas para embasar estratégias de conservação para a SM, em especial para as florestas nebulares, ambientes únicos que desempenham importantes serviços ecossitêmicos, bem como são fundamentais para o estoque de carbono e extramemente sensíveis às mudanças climáticas. |