Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Silva, Joselici da
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Orientador(a): |
Neves, Luiz Antônio Tavares
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Banca de defesa: |
Pereira, Karina
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Oliveira, Lúcio Henrique de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1409
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Resumo: |
Os fatores de risco biológicos, sociais e ambientais, e sua associação, aumentam a probabilidade do desenvolvimento motor ser comprometido. Os objetivos do presente estudo foram verificar a associação entre a habilidade funcional de mobilidade (HFM-PEDI) e as oportunidades de estímulos do ambiente domiciliar de lactentes e pré-escolares, com idade entre 18 e 42 meses, com fatores de risco, e averiguar se esta interação é afetada por fatores biológicos e socioeconômicos. Foi realizado um estudo transversal, com uma amostra aleatória de 112 participantes acompanhados em dois serviços de follow-up. Os instrumentos utilizados foram o Inventario de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI) e o questionário Affordance in the Home Enviroment for Motor Development (AHEMD-SR). Foram realizadas estatísticas descritivas das variáveis estudadas e aplicado o Teste t de Student para verificar a significância da associação entre HFM-PEDI e as oportunidades de estímulos ambientais (AHEMD-SR), e com as variáveis moderadoras, nível socioeconômico (NSE), escolaridade materna, patologia e freqüência à creche. A análise de regressão linear múltipla foi utilizada a fim de investigar os possíveis efeitos das variáveis moderadoras na associação entre as oportunidades de estímulos no domicilio e os escores do HFM-PEDI. Entre os participantes, deste estudo, houve o predomínio de bom desempenho na HFM-PEDI (82,1%). Na classificação Total do AHEMD-SR, encontrou-se “nível médio” de presença de oportunidades de estimulação domiciliar em mais de dois terços dos participantes (74,1%), e um baixíssimo percentual (1,8%) apresentou “alto” nível de estímulos. Não foi observada associação significativa entre as variáveis HMF-PEDI e AHEMD-SR, mas a variabilidade da média para HFM-PEDI foi maior entre aqueles que tinham oportunidades insuficientes para o desenvolvimento motor nas dimensões variedade e motricidade grossa. Foi encontrada associação significativa (p = 0,004) apenas entre o desfecho (HFM-PEDI) e a presença de patologia. Participantes que apresentavam patologia tiveram menor média no escore normativo do PEDI. Na análise de regressão linear múltipla a variável patologia foi a única que apresentou associação significativa (p = 0,003), quando considerada a interação entre o ambiente, as variáveis moderadoras e o desfecho nas HFM-PEDI, uma vez que diminuiu em quase 8 pontos a média do escore normativo do PEDI. Conclui-se que não houve associação entre as oportunidades do ambiente domiciliar e a habilidade funcional de mobilidade de lactentes e pré-escolares com fatores de risco. A presença de patologia levou a desempenhos significativamente inferiores nas habilidades funcionais de mobilidade, sendo que esta variável impactou fortemente no desfecho resultante da interação do ambiente com o indivíduo. |