Convergências entre a refutação socrático-platônica e o racionalismo crítico de Karl Popper

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Frederico Krepe da lattes
Orientador(a): Fortes, Fábio da Silva lattes
Banca de defesa: Coelho, Humberto Schubert lattes, Brito, Rodrigo Pinto de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Filosofia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00101
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14091
Resumo: Para Karl Popper, a refutação é um dos elementos centrais para a compreensão da atividade científica como distintiva das outras. Além disso, a importância desse conceito se estende para a formulação de seu racionalismo crítico. Vendo a refutação e a crítica como elementos centrais na atividade científica e da racionalidade humana, é possível compreender que Popper esteve, em certa medida, influenciado pelo espírito socrático-platônico. Com efeito, nos diálogos de sua fase de juventude, Platão apresenta Sócrates utilizando-se de um método de questionamento que muitas vezes resulta na refutação de seus interlocutores. Esse suposto método é associado ao termo grego élenkhos. Deste modo, a partir dos textos epistemológicos ou que fazem referência ao racionalismo crítico de Popper e dos diálogos platônicos de juventude, oferecemos uma tentativa indicar pontos de convergência entre os dois filósofos tendo a noção de refutação como categoria de análise central. Concluímos que uma aproximação pode ser feita entre a refutação socrático-platônica e a epistemologia de Popper e seu racionalismo crítico, especialmente a partir da imagem de um “ethos crítico” forjada pelos diálogos platônicos que apontam Sócrates como um modelo de racionalidade crítica e modéstia intelectual.