Etnografia sobre as mulheres privadas de liberdade, suas produções de vida e sexualidades: um estudo na Penitenciária Juiz de Fora I

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Thalita Melchiades da lattes
Orientador(a): Paiva, Sabrina Pereira lattes
Banca de defesa: Duarte, Marco José de Oliveira lattes, Souza, Simone Brandão lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Serviço Social
Departamento: Faculdade de Serviço Social
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17268
Resumo: O presente estudo, de natureza qualitativa, descritiva e exploratória, analisou narrativas de mulheres privadas de liberdade, situadas na Penitenciária Juiz de Fora I, sobre suas trajetórias afetivo-sexuais desde a primeira relação sexual até o momento atual quando estão em situação prisional, considerando as suas práticas e representações sociais relativos à sexualidade, contracepção, reprodução e prevenção às IST/HIV/Aids. Foi utilizada a entrevista como instrumento de coleta de dados, com roteiro semiestruturado, com 12 mulheres, em privação de liberdade. As entrevistas foram realizadas pela própria pesquisadora, dentro da Penitenciária Juiz de Fora I e tiveram uma duração média de uma hora e meia. A amostra foi intencional, a partir de cotas previamente estabelecidas e utilizando o método da ‘bola de neve’. As cotas foram estabelecidas para garantir a maior amplitude de características destas mulheres em termos de diversidade, considerando os critérios de idade, raça/cor e condição jurídica (situação do processo judicial no momento da entrevista que pode colocá-la como provisória, ou seja, ainda aguardando uma sentença judicial ou com condenação no regime semiaberto ou fechado). Como instrumento auxiliar na coleta de dados foi feito o diário de campo de todo processo do trabalho de campo, desde a entrada em campo até os momentos de desafios para a realização de cada entrevista. Procedeu-se à análise temática reflexiva do material coletado, explorando os aspectos referentes às vivências familiares, sociais e afetivo-sexuais fora e dentro do contexto prisional. Os resultados revelam que a maioria das entrevistadas afirmam já ter tido em liberdade algum tipo de contato sexual com mulheres e que, no cárcere, muitas vezes, tais experiências são redesenhadas com múltiplos significados. Esta investigação foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFJF (CEP/UFJF) sob parecer n. 5.823.055. E também obteve aprovação pela Secretaria de Justiça e Sistema Prisional através do processo SEI n° 145.010136757/2022-25.