Concepções sobre educação em sexualidade de profissionais da Rede Municipal de Educação em São Paulo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Gava, Thais Cristina Montaldi [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23213
Resumo: Esta dissertacao apresenta uma pesquisa exploratoria, de carater qualitativo, sobre as concepcoes de profissionais da educacao acerca da educacao em sexualidade. Foram realizadas 15 entrevistas semiestruturadas com profissionais de sete escolas municipais da cidade de São Paulo. Nas entrevistas os profissionais compartilharam suas opinioes e vivencias sobre as situacoes ocorridas nas escolas. Narraram tambem as estrategias utilizadas para abordar os temas relacionados a sexualidade em sala de aula. Apresentaram suas consideracoes a respeito do que e pertinente ser trabalhado no ambiente escolar no que se refere a sexualidade. A referencia utilizada no trabalho foi Educacao em Sexualidade, este conceito amplia as discussoes sobre a sexualidade para alem do ambito reprodutivo, englobando as questoes sociais, culturais e economicas. Ele e construido a partir do ideario de direitos humanos e engloba o direito a informacao e a construcao de uma sexualidade que corresponda ao que cada sujeito escolhe como projeto de vida. Neste sentido, a Educacao em Sexualidade pressupoe a participacao dos profissionais da educacao como mediadores dos processos vividos por estudantes, assim como o subsidio de informacoes e reflexoes capazes de ampliar os repertorios dessas pessoas a ponto de viverem sua sexualidade de maneira integral. Este conceito tambem propoe uma ruptura com as formas hierarquizadas do processo de ensino aprendizagem, colocando alunos e alunas como produtores de sentido para suas vidas. Dai a escolha do outro marco teorico para esta pesquisa ser a ideia de criancas, adolescentes e jovens como sujeitos de direitos, em especial, dos direitos relacionados a sexualidade. A analise das entrevistas apontou a coexistencia de diferentes concepcoes sobre o trabalho com o tema da sexualidade na escola e a incapacidade de separacao dos valores pessoais dos propostos pelas politicas educacionais vigentes. Apesar de distintas, essas concepcoes apresentadas apontaram para um ideal de normalidade, que cada profissional, a seu modo, busca realizar na relacao com os alunos. Este ideal pode explicar a dificuldade em reconhecer as diferentes manifestacoes sexuais de criancas, adolescentes e jovens. Desta forma, a proposta de trabalho com o tema da sexualidade e unidirecional, pautada na ideia do adulto como detentor do saber e, de criancas e adolescentes, como depositarios deste saber. A partir desta atitude, alunos e alunas sao tomados como objeto do saber e do poder dos professores e da instituicao escolar, nao sendo reconhecidas suas liberdades e privacidades prerrogativas da sexualidade humana. E possivel dizer que nao ha o entendimento de criancas e jovens como sujeitos de direito, com possibilidades reais de participacao na construcao, mais concretamente, das normas de convivencia no ambiente escolar. Finalmente este trabalho apresenta a importancia da construcao de uma escola que contemple uma proposta de educacao em sexualidade que proponha acoes que garantam aos estudantes o acesso a informacao, mas, ao mesmo tempo, crie espacos para a reflexao sobre as distintas dimensoes da sexualidade humana