Análise temporal do uso e ocupação do solo e o efeito no deflúvio nas microbacias dos córregos São Pedro, Humaitá e Carlos Chagas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Victor, Priscila Viegas lattes
Orientador(a): Silva, Jonathas Batista Gonçalves lattes
Banca de defesa: Rocha, Cézar Henrique Barra lattes, Silva, Leonardo Duarte Batista da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ambiente Construído
Departamento: Faculdade de Engenharia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18010
Resumo: Historicamente, cidades foram estabelecidas próximas a corpos hídricos para facilitar o abastecimento de água e o transporte. Contudo, essa relação tornou-se problemática devido à expansão urbana desordenada, especialmente no Brasil, onde o controle urbanístico e o monitoramento das bacias hidrográficas são insuficientes para mitigar os impactos dos eventos extremos. A urbanização reduz o tempo de concentração e aumenta as vazões de pico, diminuindo a infiltração do solo e promovendo o assoreamento dos cursos d'água, elevando a suscetibilidade a riscos hidrológicos. A gestão de recursos hídricos contribui na redução desses riscos em áreas urbanas. Neste contexto, visando contribuir com o auxílio na gestão do município de Juiz de Fora, o presente estudo objetivou analisar a contribuição da urbanização no aumento de deflúvio dos córregos Humaitá, Carlos Chagas e São Pedro. Para tal, foi realizada uma análise do Uso e Ocupação do Solo entre os anos de 1985 a 2023 utilizando-se o software Qgis, que permitiu obter as alterações das áreas urbanas, de vegetação densa e de pastagem e solo exposto. Além disso, foram desenvolvidos por meio de modelagem hidrológica, com o software ABC6, hidrogramas unitários para cada microbacia, permitindo comparar o deflúvio antes e após o processo de urbanização. Os resultados desta análise mostraram que as microbacias tiveram mudanças significativas em suas classes de uso e ocupação, aumentando a área urbana e recuperando parte da cobertura vegetal em locais que antes era pastagem. Por fim, a partir dos hidrogramas unitários, constatou-se que houve redução no volume infiltrado no solo, aumento de escoamento superficial, aumento nas vazões de pico, e redução do tempo de concentração de todas as microbacias estudadas. Entre elas destacam-se a microbacia do córrego São Pedro, com maior taxa de urbanização (aumento de 177,66% em 38 anos) e a microbacia do córrego Carlos Chagas com a maior porcentagem de área impermeável (72,1% da área total da microbacia). Todos os fatores observados contribuem para o aumento da suscetibilidade a eventos hidrológicos, reafirmando a necessidade de controle e gestão hídrica.