A verdade da existência na existência da verdade: a epistemologia paradoxal-amorosa de Kierkegaard

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Fernanda Maria Leite Winter de lattes
Orientador(a): Roos, Jonas lattes
Banca de defesa: Souza, Humberto Araujo Quaglio de lattes, Gross, Eduardo lattes, Oliveira, Rômulo Gomes de lattes, Silva, Gabriel Ferreira da lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00060
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14529
Resumo: Esta tese tem como objetivo situar o problema epistemológico em Kierkegaard como um problema existencial-amoroso. Iremos, especialmente através das obras do pseudônimo Johannes Climacus, explorar as noções de conhecimento e verdade, as quais nos fornecerão a estrutura da epistemologia kierkegaardiana. Apontaremos a partir disso duas dimensões epistemológicas: uma negativa, que afirma a impossibilidade do conhecimento; e uma paradoxal, que afirma a possibilidade do conhecimento. Veremos que a segunda dimensão remete ao que Climacus denomina nas Migalhas Filosóficas de Paradoxo Absoluto e que apenas na relação com esse paradoxo é possível ao indivíduo colocar-se numa relação com a verdade. Climacus ainda nos apontará, através de seu PósEscrito, o aspecto subjetivo dessa relação. É apenas com as obras de Anti-Climacus, contudo, que esse conhecimento nos será apresentado como uma relação dinâmica e viva, a qual engloba, mas ao mesmo tempo transborda, seu aspecto cognitivo. Por fim, buscaremos através de uma obra não-pseudônima, As Obras do Amor, compreender em que sentido essa relação transborda o cognitivo e revela uma dimensão não apenas subjetiva, mas também intersubjetiva quando compreendemos esse conhecimento paradoxal como conhecimento amoroso