Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Amorim, Eduardo Toledo de
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Orientador(a): |
Luizi-Ponzo, Andréa Pereira
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Banca de defesa: |
Carvalho, Fabrício Alvim
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Santos, Nivea Dias dos
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ecologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/905
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Resumo: |
As briófitas representam um grupo parafilético de plantas terrestres, que inclui três divisões monofiléticas: Bryophyta (musgos), Marchantiophyta (hepáticas) e Anthocerotophyta (antóceros). No Brasil, a maioria dos estudos relacionados a briófitas é de caráter florístico, contudo, o conhecimento da brioflora brasileira ainda é escasso. Em Minas Gerais, a Serra Negra está localizada entre os municípios de Rio Preto, Santa Bárbara do Monte Verde, Lima Duarte e Olaria e apresenta altitudes variando de 800m a 1698m. Sua composição vegetal é formada por um mosaico de fragmentos florestais e afloramentos rochosos. O presente trabalho teve por objetivos reconhecer e estudar a brioflora da Serra Negra, no estado de Minas Gerais, analisar a similaridade brioflorística local com outras áreas do sudeste brasileiro e os fatores ambientais que influenciam a distribuição destas espécies. As coletas foram realizadas pelo método do caminhamento, em trilhas pré-existentes na área, em diferentes fitofisionomias, a fim de cobrir a maior extensão possível. Para as análises ecológicas, foi elaborado um banco de dados com 621 espécies, incluindo-se aquelas coletadas na Serra Negra e outras, encontradas em levantamentos brioflorísticos de diferentes localidades do sudeste brasileiro. Foram executadas as análises de similaridade (empregando-se o índice de Sørensen), de Agrupamento das áreas (utilizando o algoritmo UPGMA), correlação de Spearman, de Correspondência Distendida (DCA) e de Correspondência Canônica (CCA). Os resultados permitem o reconhecimento de 218 espécimes na Serra Negra, perfazendo 36 famílias, com um total de 92 espécies, distribuídas em 57 musgos e 35 hepáticas. As famílias de musgos mais representativas foram Leucobryaceae (10) e Sematophyllaceae (6). As famílias de hepáticas mais representativas foram Lejeuneaceae (10) e Plagiochilaceae (6). A análise de Agrupamento demonstrou uma baixa similaridade entre as diferentes áreas testadas. Contudo, o dendrograma de similaridade indicou uma relação da Serra Negra com aquelas que compartilham características fitofisionômicas, como áreas de campo rupestre associados a solos quartizíticos e fragmentos florestais acima de 1.500m de altitude. A DCA demonstra a separação das áreas do interior e as áreas litorâneas. A CCA corroborou o gradiente observado pela DCA. A precipitação anual, a temperatura máxima e a distância do oceano foram os fatores ambientais que mais apresentaram influência no estabelecimento das correlações entre as áreas analisadas. |