Associações de espécies, estrutura de comunidades e comparações metodológicas para estudo de briófitas do Parque Estadual do Ibitipoca (Minas Gerais, Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Siviero, Tatiana Silva lattes
Orientador(a): Ponzo, Andréa Pereira Luizi lattes
Banca de defesa: Caldeira, Isabela Crespo lattes, Carvalho, Fabrício Alvim lattes, Garcia, Paulo Oswaldo lattes, Salimena, Fátima Regina Gonçalves lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ecologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1287
Resumo: Briófitas são plantas terrestres, criptogâmicas, representadas por três unidades monofiléticas: hepáticas, antóceros e musgos. São cosmopolitas, entretanto, devido à dependência de água para reprodução e crescimento vegetativo, são mais frequentes em áreas úmidas, como florestas tropicais, sendo muito representativas em áreas do Domínio da Floresta Atlântica, no Brasil. O Parque Estadual do Ibitipoca está inserido no Domínio da Floresta Atlântica, no estado de Minas Gerais, e é composto por diferentes fitofisionomias florestais, campestres, arbustivas e savânicas. O objetivo do presente trabalho foi estudar a ecologia de briófitas no Parque Estadual do Ibitipoca. As plantas foram amostradas seguindo-se dois métodos de coleta: caminhamento e parcelas. Foram avaliadas características das associações de briófitas ao longo de diferentes fitofisionomias do Parque, para verificar se há competição entre as plantas estudadas; foram analisadas as estruturas das comunidades de musgos da borda e interior da fitofisionomia Floresta Latifoliada Nebular Perenifólia Tropical Superomontana, a fim de avaliar se há diferença entre essas comunidades; e foram comparados os resultados obtidos através dos dois métodos de coleta, a fim de determinar o melhor método para estudo de briófitas em área florestal. No total, foram analisados 2785 espécimes de briófitas, identificadas em 246 espécies. 31 espécies de briófitas foram citadas pela primeira vez para o Parque Estadual do Ibitipoca, sendo 22 espécies de hepáticas e nove espécies de musgos. Três dessas espécies são endêmicas para o Brasil. Aproximadamente 75% das espécies avaliadas foram coletadas em associação, nas diferentes fitofisionomias do Parque; o elevado número de briófitas moderadamente e muito associáveis em florestas úmidas, aliado a análises de modelos nulos de co-ocorrência de espécies sugeriram que não há competição por umidade entre as associações de briófitas do Parque Estadual do Ibitipoca. Foi observada diferença entre a estrutura de comunidades de briófitas da borda e do interior da Floresta Latifoliada Nebular Perenifólia Tropical Superomontana do Parque. A comparação entre o método de coleta do caminhamento e de parcelas, para a Floresta Nebular indicou diferenças nos resultados entre os métodos. Foi necessário menor esforço de coleta de briófitas para o método de parcelas do que para o método do caminhamento. Entretanto, a relação entre o número de espécies de briófitas identificadas e o número de espécimes coletados foi maior quando se utilizou o método do caminhamento, se comparado ao método de parcelas.