Biogeografia e variação morfológica foliar do gênero Passiflora L. (Passifloraceae s.s.) sob variáveis ambientais na Floresta Atlântica, Brasil
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00116 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13524 |
Resumo: | Passiflora L. está amplamente distribuída nos biomas brasileiros, e no sudeste da Floresta Atlântica é registrada com expressiva riqueza. O gênero também se destaca pela grande plasticidade morfológica foliar observada em várias espécie que pose ser relacionado a fatores abióticos, porém são poucos estudos sobre a relação. O estudo foi todo conduzido no domínio Atlântico. Realizamos um estudo biogeográfico do gênero Passiflora na região da Serra da Mantiqueira (SM), que buscou investigar a distribuição em um gradiente ambiental a partir dos dados de campo e de coleções botânicas (online e herbários). Foram empregadas análises espaciais de riqueza e esforço amostral e similaridade por área e altitude/fitofisionomia utilizando softwares de georreferenciamento e o programa R, a partir de quadriculas de 2,5º × 2,5º. Avaliamos a riqueza/ocorrencia das espécies por altitude através de um teste de significância e estado conservação das espécies na área sobrepondo a riqueza com shapefile de UC. Também investigamos a influência de variáveis ambientais na morfologia foliar de cinco espécies de Passiflora caracterizadas por expressiva plasticidade, tanto em escala regional (UC: Parque Nacional do Caparaó - PNC, Parque Nacional do Itatiaia - PNI, Parque Nacional da Serra dos Órgãos - PARNASO, Parque Estadual Serra do Brigadeiro – PESB e Parque Estadual do Ibitipoca - PEIB) quanto em macro escala (domínio Atlântico). A partir de uma análise morfométrica das folhas, os caracteres foliares foram relacionadas com dados abióticos (clima, solo, altitude e luz) obtidos para cada espécime. Foi empregado uma análise de Escalonamento Multidimensional Não-Métrico (NMDS) utilizando o índice de Gower, para avaliar a relação das variáveis ambientais com a morfologia geral das folhas e modelos mistos lineares (GLMM) para caracteres individuas das folhas. Com estudo de biogeografia, obtivemos 50 espécies ocorrentes na SM e concluímos que a composição de Passiflora muda ao longo do gradiente de altitude por classes de altitude, e atinge maior riqueza a 1000 m de elevação em fitofisionomias do tipo montana. E a composição das espécies é diferente entre as duas porções da SM, norte e sul. Nossos resultados sobre variação foliar indicaram relações significativas entre fatores climáticos e edáficos com a morfologia geral, caracteres individuais de tamanho e as características de defesa (nectários extraflorais e variegações) das folhas. As espécies P. campanulata, P. amethystina e P. porophylla apresentaram maior resposta às variáveis ambientais, se diferenciando por população. Devido a grande diferenciação encontrada nas folhas de P. campanulata, somado a diferença de caracteres reprodutivos, sugerimos a descrição de uma nova espécie da P. seção Dysosmia, coletada no PNC, na porção norte da SM. Com nossos resultados, ampliamos o conhecimento sobre a biologia, ecologia e taxonomia das espécies de Passiflora, padrões de distribuição e conservação do gênero na SM. E trazemos uma nova perspectiva em sobre a plasticidade foliar neste gênero, refletindo, além de tudo, os gradientes climáticos e edáficos. |