Quando o jogo flui: uma investigação sobre a teoria do fluxo no voleibol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Gomes, Simone Salvador lattes
Orientador(a): Miranda, Renato lattes
Banca de defesa: Bara Filho, Maurício Gattás lattes, Feijó, Olavo Guimarães lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação Física
Departamento: Faculdade de Educação Física
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4508
Resumo: As experiências subjetivas dos atletas geralmente são negligenciadas nas pesquisas no contexto esportivo devido a uma ênfase no desempenho e nos resultados. O fluxo é um conceito de grande importância e relevância direta para o esporte; descreve um estado mental ótimo no qual os atletas se tornam completamente absorvidos em suas tarefas, as ações são realizadas sem a percepção de esforço, e a percepção da passagem do tempo é distorcida. O estado de fluxo pode ocorrer em qualquer nível de habilidade, desde que haja um equilíbrio ideal entre o desafio percebido e o nível de habilidade. Frequentemente há um aumento no desempenho durante o estado de fluxo. O objetivo deste estudo é discutir como o conceito do fluxo pode aumentar a compreensão das experiências subjetivas dos atletas. Questões conceituais relacionadas à pesquisa sobre o fluxo no esporte são apresentadas, seguidas por dois estudos realizados visando à compreensão de como este estado ideal é vivenciado por atletas de voleibol. O primeiro estudo, uma pesquisa qualitativa sobre as experiências de fluxo de atletas, tem como objetivo obter maior conhecimento sobre a natureza do fluxo no voleibol. Doze jogadores foram entrevistados sobre suas experiências de jogo ideais, e em seguida, questionados extensivamente sobre os fatores que interferem no alcance do estado mental ótimo durante o desempenho. Foram encontradas correspondências entre as dimensões do fluxo, como descritas por Csikszentmihalyi (1990), e as descrições dos atletas de suas experiências de fluxo; algumas dimensões receberam maior suporte do que outras na análise qualitativa. As dimensões do fluxo mais citadas pelos atletas foram experiência autotélica, equilíbrio entre desafios e habilidades, percepção de controle e concentração total. O segundo estudo investiga a relação entre fluxo e outras variáveis psicológicas como motivação, orientação para as metas, autoeficácia e capacidade percebida. Análises correlacionais foram conduzidas para examinar os correlatos psicológicos do estado de fluxo. Padrões positivos de relacionamento foram encontrados entre o fluxo e a habilidade percebida, a autoeficácia e a orientação para a tarefa. O entendimento do fluxo e sua relação com as outras variáveis foram também discutidos.