A desmontagem do cinema e o arquivo visual nas videoinstalações de Harun Farocki

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Freitas, Thaiz Araujo lattes
Orientador(a): Muanis, Felipe de Castro lattes
Banca de defesa: Marcato, Renata Cristina de Oliveira Maia Zago Mazzoni lattes, Fernandes, Patrícia Moran lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Artes
Departamento: IAD – Instituto de Artes e Design
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17198
Resumo: Esta dissertação pretende analisar duas videoinstalações da obra tardia de Harun Farocki, A saída dos operários da fábrica em 11 décadas (2006) e Paralelo I-IV (2012-2014). Nesse período, que vai da década de 1990 até meados de 2010, Farocki inicia um afastamento do espaço tradicional do cinema como único meio de exibição e migra para o circuito de arte contemporânea. A partir dessa virada, que ocorre com a estreia da videoinstalação Interface (1995), a produção de Farocki se volta para as obras videoinstalativas que se inserem nos debates sobre as transformações do cinema no campo da arte contemporânea. Nesse sentido, a análise de A saída dos operários da fábrica em 11 décadas propõe uma visão constelar do cinema ao comparar diferentes representações dos trabalhadores em seus locais de trabalho durante onze décadas a partir de uma montagem aberta em várias telas no espaço expositivo. A série Paralelo I-IV (2012-2014) faz um estudo sobre os arquivos de video games e analisa a construção visual dos elementos do jogo. Ademais, faz relações entre os diferentes paradigmas de produção de imagens que envolvem as pinturas, as imagens cinematográficas produzidas pelo aparelho de registro fotográfico e as imagens programadas pelo computador. A proposta é que, através da análise de cada videoinstalação, seja possível compreender a forma como Harun Farocki produz uma crítica das imagens através da ressignificação do cinema, da montagem e dos arquivos visuais.