A inclusão das pessoas com deficiência na educação superior do setor privado
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00062 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16318 |
Resumo: | A inclusão de pessoas com deficiência, em todos os níveis educacionais, trouxe benefícios para essa parcela da população que sofreu e ainda sofre com os processos de exclusão social. Desde 2010, os censos escolares da educação básica e superior indicaram um salto na matrícula de estudantes com deficiência em todos os níveis de ensino. Inserido nesse contexto, este estudo teve como objetivo conhecer a percepção das pessoas com deficiência em relação à inclusão e à acessibilidade nas instituições privadas de educação superior em que estudam/estudaram para, assim, compreender o impacto das políticas de inclusão das pessoas com deficiência, no espaço da educação superior das instituições privadas de ensino. Para tanto, realizamos um estudo baseado no método quanti-qualitativo a partir de dois suportes teóricos metodológicos: o primeiro é por meio da metodologia de painel e da história de vida e o segundo da Análise do Discurso (AD) na ótica francesa de Pêcheux (2012) e Orlandi (2015). A captação da amostra foi realizada por intermédio das redes sociais on-line — Instagram, Twitter e Facebook — com a ajuda da metodologia conhecida como “Bola de Neve Virtual”. O estudo de painel foi construído em três etapas: 1. aplicação de um questionário às pessoas com deficiência que cursam ou cursaram uma graduação em uma IES do segmento privado; 2. aplicação de um segundo questionário aplicado a um grupo menor de participantes que foram selecionados a partir da primeira amostra e 3. realização de entrevista por meio do método de história de vida a um grupo menor de participantes selecionados após a aplicação do segundo questionário. Após a aplicação do primeiro questionário, os participantes da pesquisa foram divididos em dois grupos, A e B. O Grupo A é composto pelas pessoas com deficiência matriculados em um curso superior até o ano de 2015 e o Grupo B, composto pelas pessoas com deficiência matriculados em um curso superior entre os anos de 2016 e 2020. A amostra inicial do estudo foi de 195 pessoas, com predominância de pessoas do sexo masculino (64,6%), autodeclarados de cor branca (56,4%), moradores da região sudeste (60,7%), pessoas com deficiência física (62,1%), oriundos de escolas públicas (56,9%). Após a análise das três etapas, observamos que a existência de barreiras nas IES do setor privado ainda é um limitador para a inclusão com acessibilidade e equidade. Assim, é importante que as avaliações in loco, das instituições e dos cursos, realizadas pelo INEP, sejam mais criteriosas em relação à efetivação da educação especial nas IES do setor privado. E, por fim, observamos que, para as pessoas do estudo, o conceito de educação inclusiva vai ao encontro do proposto nas normativas jurídicas brasileiras. Elas entendem a inclusão como um processo amplo que envolve várias pessoas e, por isso, deve ser construído junto, de forma democrática e solidária e, também, deve oferecer acessibilidades em todas as suas dimensões. |